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Ele não quer sexo? Conheça as possíveis causas e confira as dicas para ajudá-lo!

A falta de apetite sexual também afeta os homens. Saiba o que pode estar por trás disso e ajude o seu parceiro

Ana Bardella Publicado em 02/08/2017, às 08h53 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Ele não quer sexo?  - IStock
Ele não quer sexo? - IStock
As desculpas dele são cada vez mais frequentes: cansaço, cabeça cheia, uma dorzinha aqui, outra acolá... E, no final das contas, vocês não transam faz um tempão. Diante disso, surge logo aquela pulguinha atrás da orelha: “Será que ele não me deseja mais?” 

Para Carmita Abdo, sexóloga, psiquiatra e coordenadora do programa de estudos em sexualidade da Universidade de São Paulo, apesar de ser mais comum em mulheres, o desinteresse pelo sexo também afeta os homens. Conheça os fatores:

ESTRESSE
Enquanto a maioria das mulheres se deixa influenciar por questões emocionais, como a discussão do dia anterior, ou algo de ruim que aconteceu algumas horas atrás, geralmente os homens colocam o desejo acima de tudo no momento do sexo. No entanto, se o seu parceiro estiver vivendo uma situação limite, em casa ou no trabalho, isso interfere, sim! O tal “cansaço” do qual ele tanto fala pode não ser somente uma desculpa, como você tem pensado. Problemas no trabalho, situações complicadas com a família, preocupação com as contas podem afastar o tesão. 

DEPRESSÃO
Há algum tempo ele anda desanimado, triste, sem energia para nada e desconcentrado? Se a resposta for sim, vale ficar atenta: “Uma pessoa depressiva perde o interesse por várias atividades: trabalho, lazer, família, relacionamento amoroso e, consequentemente, por sexo”, explica a especialista. O melhor a fazer é conversar com jeitinho com seu parceiro para tentar ajudá-lo a superar o problema. Procurar um psicólogo ou um psiquiatra também é fundamental nessa hora. Outra coisa: seja paciente, pois, se ele se sentir pressionado demais, a situação tende a ficar ainda pior. 

DISFUNÇÃO ERETIL
O distúrbio pode acontecer por razões psicológicas ou por questões de saúde, como entupimento das artérias que irrigam o órgão sexual. E é importante deixar claro que o problema, que afeta nada menos do que 15 milhões de brasileiros, é diferente da falta de desejo. Quando o homem está com disfunção, sente vontade de fazer sexo, mas no momento da transa não consegue ficar com o pênis ereto ou mantê-lo assim por muito tempo. Se não for tratada, a disfunção erétil pode, sim, afetar a libido: o homem sabe que é capaz de falhar, por isso passa a evitar as relações sexuais. 

FALTA DE TESTOSTERONA
“Até 12% dos homens com mais de 60 anos apresentam o chamado hipogonadismo”, diz a sexóloga. Apesar do nome complicado, a doença é simples de ser entendida: os testículos passam a produzir menos hormônios sexuais — o que pode deixar o homem abatido, com menos pelos no corpo e também com pouca vontade de transar. Segundo Carmita, muitas vezes o problema está relacionado a uma síndrome metabólica, que pode aumentar a glicemia, a pressão arterial e o colesterol. Se esse for o caso do seu parceiro, saiba que a questão pode ser resolvida com a reposição de testosterona.

E como falar com ele sobre isso?
Não se sinta envergonhada em abordar o assunto, pois, quanto antes a situação for resolvida, melhor para o relacionamento. Estimule-o a procurar ajuda para que vocês voltem a se curtir, mas faça isso com delicadeza: “Se tentou algo na cama sem sucesso, espere outro momento, menos constrangedor, para tocar no assunto”, orienta a sexóloga. Nos casos de problemas hormonais ou disfunção, um urologista pode indicar o tratamento correto. Em compensação, se desconfia de um quadro depressivo, o psiquiatra é o profissional mais adequado. Por fim, se for estresse, conversem e tentem dividir as responsabilidades. Assim, ele talvez passe a não se sentir tão sobrecarregado. 

Será que eu posso ser o problema?
É comum pensar: “Acho que ele não se sente mais atraído pelo meu corpo, está me traindo...” Sobre esse sentimento de insegurança, a sexóloga é clara: “Tudo isso pode acontecer, mas são situações muito específicas. Se vocês construíram uma relação de amor e respeito e assumiram um projeto de vida juntos, seu marido deve ter consciência de que vocês estão envelhecendo, e isso não é um problema”. E é bom lembrar que, quando ficamos mais velhos, a vida acaba tomando um ritmo mais lento, e o sexo não escapa muito disso. “Por exemplo, quem tinha relações sexuais duas vezes por semana no início pode passar a ter uma por mês depois. E não há nada de errado com isso, se os dois estiverem felizes”, completa. Porém, se você anda angustiada com essa situação, converse francamente com o seu parceiro.