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Inspire-se na história de Renata Domingues, atriz de 'Sol Nascente'

De volta à rede Globo após permanecer quase uma década em outra emissora, a atriz é pura realização. Gente como a gente, a bela relembra a trajetória marcada por importantes superações, como a de uma síndrome do pânico e um divórcio

Texto: Patricia Affonso Publicado em 16/01/2017, às 13h20 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Renata Domingues - Gustavo Arrais
Renata Domingues - Gustavo Arrais
A história dessa atriz carioca, de 36 anos, com o telespectador brasileiro começou em 2001, na trama teen Malhação (Globo), interpretando a doce Solene. Foram três temporadas vivendo a personagem, o que acabou se transformando num marco. “O fato de ficar tanto tempo no ar com a Sol tornou a participação muito especial para mim e para o público”, diz. Apesar de ser o primeiro papel na tevê brasileira, não foi a experiência inicial de Renata na profissão. Ela já havia adquirido uma bagagem artística grande no exterior, o que ajudou a moldar a profissional admirada que é hoje. Por aqui, conquistou o público em sucessos como Escrava Isaura (2004), Prova de Amor (2005), Amor e Intrigas (2007), Promessas de Amor (2009) e Rei Davi (2012). Numa conversa supergostosa com a MÁXIMA, a estrela contou mais sobre a carreira e a vida pessoal, revelando como conquistou os seus sonhos.

Pouca gente sabe, mas você passou a adolescência no Equador. Como foi a experiência?
É verdade. Meu pai trabalhava como executivo de uma construtora e, por isso, nos mudamos algumas vezes. Também morei em Porto Velho (RO) e Itumbiara (GO). Eu tinha 12 anos quando fomos para o Equador e fiquei lá até os 18. Devo muito do que sou e do que conquistei a esse país. 

Conte como você iniciou a carreira artística...
Logo que cheguei ao Equador, me matriculei numa academia de dança. Dois meses depois, minha professora de jazz, que também atuava como apresentadora de TV, me convidou para fazer um teste na emissora Ecuavisa, para ser assistente de palco. Tive que cantar, dançar, entrevistar, interpretar... Em três semanas me chamaram, mas não para a vaga mencionada. Me contrataram como apresentadora de um programa voltado ao público infanto-juvenil. Ao longo de cinco anos estudei muito, apresentei seis programas, fui nomeada embaixadora da Unicef no Equador e representante oficial da marca Walt Disney no país. 

Não era uma bagagem muito pesada para alguém tão jovem?
Tudo tem dois lados. Eu adquiri o senso de responsabilidade e disciplina ainda muito nova. Estava exposta a críticas, cobranças, vaidade... Tudo o que existe nesse meio. Lamento um pouco o fato de ter amadurecido muito rápido. Quase não tive adolescência, não curti nada. Por outro lado, isso me ajudou a ter os dois pés cravados no chão. Não trabalho para ser famosa, não tenho esse tipo de ilusão que atrapalha muita gente. 

Sofreu algum tipo de preconceito por ser estrangeira?
Na verdade, o que aconteceu foi o oposto, pois me receberam muito bem. Lá no Equador existe uma rivalidade muito grande entre dois povos: os que vivem na região de Guayaquil, no litoral, e os de Quito, na região das cordilheiras. É uma rixa antiga e muito forte! Como sou brasileira, ficava fora dessa briga e fui aceita pelos dois povos. Na época, a Xuxa era um sucesso por lá, e isso me ajudou bastante também. Por sermos conterrâneas, eles transferiram para mim parte do carinho que sentiam por ela. Foi uma ajuda e tanto!

E por aqui, como as coisas aconteceram?
Quando voltei para o Brasil, aos 18 anos, prestei vestibular para as faculdades de odontologia, publicidade e arquitetura. Passei nas três e escolhi arquitetura, que comecei a cursar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Porém, tive uma mudança de rumo inesperada e interrompi os estudos. Na ocasião eu estudava o teatro O Tablado, por hobbie, e fui chamada para fazer um teste para a novela Vale Todo (versão espanhola de Vale Tudo, da Globo). No entanto, acabei sendo convidada para integrar outro elenco — o do folhetim Malhação. Aconteceu tudo muito rápido... 

Você passou muitos anos na Record, fez vários papéis de destaque. Como é voltar para a Globo?
Retorno quase 15 anos depois da estreia em Malhação. É uma sensação gostosa recomeçar minha história com mais bagagem e maturidade. Ter feito o filme Vestido para Casar, com o Leandro Hassum, me rendeu um convite para uma participação no humorístico Tomara Que Caia, no ano passado. Em seguida, veio o convite para uma participação em Malhação, neste ano. Agora estou muito feliz com o trabalho em Sol Nascente. Me sinto muito preparada. 

O que mais gosta na sua personagem, a Sirlene?
Ela é uma mulher do bem, mas que deseja um acerto de contas, pois já sofreu muito nas mãos do ex-namorado César (Rafael Cardoso). Gosto do fato de ela ser uma carta na manga do autor, pois é a prova viva da falta de caráter do vilão. 

Qual é o maior aprendizado que a idade e as vivências trouxeram para você?
Equilíbrio. Em 2004, na transição da Globo para a Record, eu passei por um processo muito doloroso: enfrentei a síndrome do pânico. Tinha lapsos de memória, em alguns momentos não sabia quem eu era, parei de viver. Aos poucos, me forcei a encarar a situação, voltei a trabalhar e foi o que me ajudou a superar o mal. A terapia também é essencial. Os remédios nos anestesiam, enquanto a análise nos faz buscar a origem do problema e uma nova perspectiva. 

Tem alguma religião?
Costumo conversar com Deus o dia todo e acredito muito nos caminhos que ele designa. Digo que coincidências são apenas desculpas convenientes que Deus encontrou para poder se manter no anonimato. Não tenho religião, mas me identifico com o kardecismo. 

Está solteira?
Fui casada por 12 anos (com o diretor de novelas Edson Spinello) e aprendi que o “felizes para sempre” dá muito trabalho. Relacionamento exige manutenção constante, os dois têm que querer fazer a coisa dar certo. Ainda assim, quero ter alguém do meu lado por toda a vida. Meus pais estão juntos há 45 anos, então são uma referência muito forte de amor e família. Mas voltando à pergunta: solteira, sim; sozinha, não. Só digo isso (risos). 

Deseja ser mãe?
Quero muito! O relógio biológico está gritando! Sou muito maternal, muito protetora. 

O que busca em um parceiro?
Ele tem que ser bem-humorado e inteligente e amar a vida. Ah, também precisa ter uma dose de romantismo, o que não faz mal a ninguém, pois quebra a dureza do cotidiano.

DE: RENATA
PARA: VOCÊ

A cada aparição na TV, Renata surpreende com curvas mais incríveis. “Com a idade os cuidados precisam ser intensificados. No entanto, se houver disciplina e persistência, tudo é possível. Basta estabelecer uma rotina”, garante. Conheça o plano de sucesso de Renata:

Dieta da proteína. “Sou adepta desse programa alimentar, porque aumenta a saciedade e mantém a silhueta enxuta. Sou fã de queijos e, como eles entram no cardápio, fico feliz da vida.” 

Drenagem de líquidos. “Para evitar o inchaço, maneiro no sal e nos industrializados carregados em sódio. Também faço drenagem linfática sempre que posso e, especialmente durante a TPM, tomo chás diuréticos, como o de hibisco, que ajuda muito.” 

Atividade física. “Você precisa achar algum exercício de que goste para queimar calorias. Eu faço muay thai três vezes por semana. A modalidade trabalha bastante a parte aeróbica e ajuda a secar. Também faço musculação, na mesma frequência. Tenho hérnia de disco e preciso muito de fortalecimento muscular.” 

Foco máximo. “Eu sou do tipo que se prova um pedacinho de chocolate acaba devorando a barra inteira. Então nem caio nessa cilada. Quando estou de dieta, levo a sério mesmo.”