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Elimine peso e, de quebra, melhore a sua memória

Controle a saciedade e o ganho de peso, equilibre os níveis hormonais e contenha processos inflamatórios nutrindo o seu cérebro

por Diane Neubüser Publicado em 03/10/2017, às 09h00 - Atualizado em 21/11/2019, às 10h17

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Elimine peso e, de quebra, melhore a sua memória - Shutterstock
Elimine peso e, de quebra, melhore a sua memória - Shutterstock

E se você pudesse eliminar os quilos extras alimentando (corretamente) o seu cérebro? Mais: ainda conter alergias, ansiedade, depressão, asma, enxaqueca, diabetes, disfunções da tireoide, dores crônicas, TPM, transtornos intestinais e outras doenças? A proposta é do neurologista americano David Perlmutter, autor do livro Dieta da Mente para a Vida (ed. Paralela). Trata-se de uma reeducação alimentar que engloba inúmeros princípios de nutrição, como reduzir carboidratos e açúcares, evitar produtos refinados e priorizar o consumo de frutas, legumes e verduras. Ok, isso você já sabe. Mas não é só: o médico completa o plano sugerindo estas três mudanças de hábito:

Eliminar o glúten
Mesmo sem o diagnóstico de intolerância, porque, de qualquer forma, a substância tende a desencadear processos inflamatórios. 
Moderar o consumo de carne vermelha
Geralmente, sua ingestão é aumentada por quem faz dieta com pouco carboidrato. O problema é que a carne provoca problemas digestivos e quadros inflamatórios. Limite o consumo a um bife pequeno (do tamanho de uma carta de baralho) por dia e extraia proteínas de outras fontes, como vegetais e ovos. 
Aproveitar os benefícios do ovo
É rico em aminoácidos, vitaminas e minerais. Não se preocupe com a questão do colesterol: segundo o médico, a quantidade de gordura do alimento ajuda a evitar que o corpo produza mais colesterol naturalmente
MENTE E CORPO SAUDÁVEIS
Conheça as vantagens de seguir a dieta da mente...
Prevenção do Alzheimer
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Hong Kong constatou que o consumo de vegetais é benéfico para a nossa massa cinzenta. Entre os 17 mil idosos participantes, os que consumiram duas porções de frutas e três de verduras diariamente reduziram o risco de ter qualquer tipo de demência. “Os vegetais auxiliam na redução de processos oxidativos que contribuem para distúrbios mentais e cognitivos”, explica a nutricionista Lara Natacci (SP)
Xô, inflamação!
Afinal, por que se fala tanto em controlar processos inflamatórios? É que eles são o ponto central da maior parte das doenças degenerativas, incluindo a obesidade e disfunções cerebrais. Por isso, inclua na sua alimentação diária azeite extravirgem, alho, cebola, abacate e peixes oleosos, exemplos de alimentos que combatem inflamações. “Eu destaco, também, os itens ricos em vitamina C, como as frutas cítricas. Além das propriedades anti-inflamatórios, são antioxidantes”, diz o nutrólogo Théo Webert (RN).
Combustão de gordura
Reparou que nas orientações alimentares não há nada sobre diminuir o consumo de gordura? Eis o embasamento científico: ingerir carboidratos nos leva à produção de insulina e de lipoproteína lipase (substâncias armazenadoras de gordura nas células). Já consumir a própria gordura alimentar provoca o efeito contrário. Ela é uma fonte rápida de energia, e transforma o organismo em uma máquina de queimar lipídeos.
Intestino sadio
O nosso microbioma (conjunto de bactérias que vivem no órgão) influencia o sistema imunológico, as inflamações e o risco de doenças como depressão, obesidade, síndrome do cólon irritável, asma e até câncer. Quando desintoxicamos o organismo eliminando o glúten, alimentos processados, açúcares etc., mantemos o equilíbrio dessa comunidade e fi camos protegidos de toda essa sorte de problemas correlacionados.
Hormônios comportados
A leptina e a grelina são os dois principais hormônios do apetite. Enquanto a leptina diz que você já comeu o sufi ciente, a grelina avisa quando é necessário se alimentar de novo. Por isso, o ideal é provocar a leptina para ela dizer ao nosso organismo que estamos saciadas com mais frequência. A melhor forma de fazer isso? “Cortando farináceos e carboidratos simples”, indica Théo. Dormir bem também ajuda, já que a substância está relacionada à melatonina, o hormônio do sono.
Reprogramação genética
Quando falamos em genética, parece algo predeterminado desde antes do nosso nascimento. Mas, na verdade, existe uma molécula, chamada Nrf2, que é capaz de controlar a expressão dos genes. Ela está presente em todas as células do corpo e age somente quando o organismo precisa de antioxidantes e enzimas desintoxicantes. Uma vez liberadas, eliminam toxinas e reduzem processos inflamatórios, auxiliando na digestão e no emagrecimento. Além do estresse oxidativo, essa molécula pode ser acionada por meio da alimentação. O ômega 3, encontrado em peixes, os brócolis, a cúrcuma, o chá-verde e o café são alguns dos ativadores naturais.
EXEMPLO DE CARDÁPIO
Lembre-se de que, aqui, a intenção não é contar calorias, mas sim montar um prato rico em vegetais e elementos anti-inflamatórios.
CAFÉ DA MANHÃ
• 2 ovos pochés com molho picante + 1/2 abacate com azeite de oliva e sal marinho 
ALMOÇO
• Mix de legumes + 85 g de frango grelhado 
SOBREMESA
• 2 quadradinhos de chocolate amargo mergulhados em 1 colher (sopa) de pasta de amêndoas 
JANTAR
• Mix de folhas com nozes torradas + 85 g de peixe assado ou grelhado