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Louca por doce!

Sabe aquela vontade incontrolável de comer algo adocicado em certos momentos? Há explicação fisiológica para isso. E atitudes plausíveis para não cair em tentação em excesso

Carmen Cagnoni Publicado em 17/05/2016, às 10h30 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Sabe aquela vontade louca de comer algo adocicado em determinados momentos? Há explicação fisiológica para isso. E atitudes plausíveis para não cair em tentação em excesso - Shuterstock
Sabe aquela vontade louca de comer algo adocicado em determinados momentos? Há explicação fisiológica para isso. E atitudes plausíveis para não cair em tentação em excesso - Shuterstock

Depois do almoço, por exemplo, é normal sentir vontade de comer doces, isso acontece porque os alimentos mais pesados demoram a ser processados. “Também existe outra explicação para essa necessidade. Ao terminamos uma refeição densa, rica em carboidratos, muitas de nós apresentam Hipoglicemia Reativa, um estado de baixa de açúcar no sangue, consequência de uma liberação excessiva de insulina. Quando isso acontece, o cérebro aciona a necessidade de glicose na corrente sanguínea e vem o desejo do famoso docinho” explica a nutricionista Ana Paula Gonçalves da Silva, do Hospital e Maternidade São Cristóvão (SP).

Ela ressalta que a glicose é muito importante para o bom funcionamento do cérebro: “Os doces, quando consumidos em quantidades módicas, não são vilões. O açúcar também é chamado de alimento dos neurônios. Por isso, quando alguém precisa de energia, o corpo ‘pede’ açúcar, pois ele é o principal alimento do cérebro”, diz. Além disso, a glicose dá uma sensação de prazer e felicidade e funciona como uma defesa contra o estresse. “Isso ocorre porque ela mexe com neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, ligados a esses sentimentos”, completa a nutricionista.

Para apaziguar a vontade, sem prejudicar a dieta, confira as dicas de Ana Paula:

Adote alimentos estratégicos: aveia, banana, maçã, canela, castanha-do-pará e grãos em geral ajudam a diminuir a vontade de consumir doces.

Diminua a frequência de ingestão: quem tem o hábito de comer diariamente uma guloseima deve ir diminuindo a ingestão aos poucos, pois se parar totalmente pode ocorrer o efeito rebote - a ausência é mantida por alguns dias, porém a vontade retorna com mais intensidade e o consumo fica maior do que era antes.

Faça substituições no cardápio: em vez de optar por sobremesas preparadas com muito açúcar ou biscoitos industrializados, escolha frutas frescas ou secas após o almoço. Experimente uvas passas e tâmaras, pois elas possuem um sabor mais adocicado.

Invista no tipo magrinho: quando a vontade de tomar um sorvete for incontrolável, opte pelo picolé de frutas, pois os teores de açúcar e gordura nessas versões são menores quando comparados às cremosas. Gelatina e pudim light também podem ser opções interessantes e nutritivas.

Teste outras opções para adoçar: “Quando preparamos uma sobremesa ou um bolo podemos trocar o açúcar refinado por uma quantidade reduzida do tipo mascavo, melado de cana ou mel. Também é possível usar frutas frescas ou secas para enriquecer o sabor da receita”, finaliza a nutricionista.