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Suar em excesso pode abalar o emocional e causar isolamento social

Saiba como diagnosticar disfunção e como tratá-la

Gabriella Gouveia Publicado em 13/04/2017, às 11h00 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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. - Shutterstock
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Distúrbio que atinge 2% da população mundial, a hiperidrose primária –também conhecida como doença do suor excessivo – desencadeia problemas relacionados à autoestima, prejudica a qualidade de vida do paciente e, em casos mais graves, compromete o convívio social, levando ao isolamento. A afirmação é do cirurgião torácico do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Mario Ghefter. “A hiperidrose pode afetar todos os aspectos da vida de uma pessoa”.

De acordo com o especialista, a produção demasiada de suor ocorre devido a uma disfunção ainda sem causa conhecida, mas que envolve o sistema nervoso simpático, emitindo mensagens erradas ou exageradas para as glândulas sudoríparas.

Apesar de ainda não haver um exame específico para identificação da doença, o cirurgião ressalta que o diagnóstico é feito através da observação do paciente. “Quando chegam ao consultório, as pessoas já reclamam da quantidade elevada de suor produzido e, principalmente, em momentos que não deveriam suar como nos dias de frio”, complementa Ghefter.

Sem ligação genética evidente e sem causa conhecida, a hiperidrose primária pode se desenvolver em qualquer momento da vida, sendo mais comum ter início na infância e adolescência. Atinge principalmente a região das mãos, axilas, pés, cabeça e rosto.

Segundo o cirurgião, é importante não confundir a hiperidrose primária com outras formas de hiperidrose, ditas secundárias, onde uma doença de base tem como um de seus componentes a sudorese excessiva e em geral é difusa. “Por exemplo, nota-se em algumas doenças, como tireoide e obesidade mórbida. Por essa razão, deve ser feito sempre uma investigação minuciosa das causas”.

Como tratamento paliativo, o especialista recomenda o uso de antitranspirantes especiais, medicamentos para ansiedade, injeção de toxina botulínica (Botox), cremes manipulados, iontoforese (pequenos choques aplicados na região) e remédios à base de oxibutinina, entre outros.

Para um resultado mais eficaz e potencialmente definitivo, o indicado é o procedimento cirúrgico para retirada ou secção do nervo simpático. “Os resultados são imediatos e com satisfação de mais de 99%”, finaliza.