Governo estendeu censura para além de livros e conteúdos audiovisuais, agora incluindo ampla gama de produtos
Ezatamentchy Publicado em 26/04/2024, às 12h04
O governo húngaro intensificou as restrições aos conteúdos LGBT+ em produtos destinados a menores, estendendo sua aplicação para além de livros e conteúdos audiovisuais, agora incluindo uma ampla gama de produtos.
Segundo o jornal digital "24.hu", o novo decreto proíbe explicitamente "exibir ou promover publicamente a mudança de identidade de gênero, a mudança de gênero ou a homossexualidade de forma direta, natural ou arbitrária" em produtos direcionados a crianças.
Além disso, veta a venda desses produtos em um raio de 200 metros ao redor de instituições educacionais e religiosas, enquanto para os livros, exige-se que as editoras informem as livrarias sobre o conteúdo.
Anteriormente, a proibição se aplicava principalmente a livros e conteúdos audiovisuais. Esta medida original complementava a controversa lei de "defesa dos menores" de 2021, promovida pelo governo de Viktor Orbán, que proíbe a publicação de conteúdos LGBT+ para menores e associa a homossexualidade à pedofilia.
O regulamento foi alvo de críticas por parte da Comissão Europeia, que o considerou homofóbico, e foi levado ao Tribunal de Justiça Europeu, com o apoio de cerca de 15 países da União Europeia (UE).
Recentemente, livrarias na Hungria foram obrigadas a embalar livros em embalagens transparentes, incluindo obras do historiador israelense Yuval Noah Harari, que abordam brevemente o tema da homossexualidade.
Além disso, o Museu de Etnografia de Budapeste optou por isolar parte de uma exposição fotográfica, devido à presença de casais homossexuais em algumas imagens capturadas no Brasil pela fotógrafa húngaro-suíça Claudia Andujar.
A lei de 2021 também proíbe a discussão sobre o tema nas escolas e em programas para menores na mídia.
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