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11 filmes dirigidos por mulheres incríveis e que você precisa adicionar na sua lista

O número de cineastas, infelizmente, ainda é baixo, mas têm deixado sua marca cada vez mais

Máxima Digital Publicado em 30/11/2020, às 19h00

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10 filmes que são dirigidos por mulheres incríveis e você precisa adicionar na sua lista - Divulgação
10 filmes que são dirigidos por mulheres incríveis e você precisa adicionar na sua lista - Divulgação

Entra ano e sai ano, as mulheres seguem com pouca representação quando o assunto é  reconhecimento na direção de cinema.

Os números não deixam mentir. Por exemplo, nenhuma mulher foi indicada ao prêmio de melhor diretor do ano 2020. E não é um caso isolado, pelo contrário, só perpetuou assim a injustiça histórica que leva apenas cinco realizadoras a terem sido pensadas entre os mais de 350 indicados em 92 anos de premiação.

Parece mentira, mas apenas uma delas tem a estatueta na estante de casa. Quem conseguiu esse feito histórico foi Kathryn Bigelow, pelo trabalho em “Guerra ao Terror”.

No ano de 2021, um dos filmes brasileiros indicados ao Oscar por ser "Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou", de Bárbara Paz, foi o longa-metragem escolhido pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais para representar o Brasil na busca por uma indicação na categoria Melhor Filme Internacional.

Por causa desse universo ainda, infelizmente, pequeno e, por vezes, machista há uma infinidade grandes títulos produzidos por elas que merecem ser vistos e revistos. Separamos uma lista com 11 filmes incríveis dirigidos por mulheres para você assistir.

Guerra ao Terror

Vencedor do Oscar de Melhor Filme, “Guerra ao Terror” também rendeu o Oscar de Melhor Diretor para Kathryn Bigelow, que conseguiu renovar a forma que guerras são retratadas nos cinemas.

A produção aborda a Guerra do Iraque na perspectiva do exército, mostrando como os motivos de todos estarem ali eram muito mais por ser uma questão presente na realidade de toda a população ao longo dos anos do que por concordarem ou até mesmo saberem porque aquela guerra estava acontecendo.

Deixando de lado a visão épica e dando lugar a visão humana, a diretora explora as questões psíquicas que envolvem aqueles que vão para a linha de frente em uma guerra e como eles entendem a situação em que estão.

Lady Bird: A Hora de Voar

Não se engane com "Lady Bird". Não é um filme clichê sobre colégio e a passagem da adolescência para a vida adulta. O longa é dirigido por Greta Gerwig e surpreende pelas imagens bonitas e ao explorar com eloquência a relação entre mãe e filha.

Conta a história de uma adolescente que passa pelos comuns traumas que todos passamos na adolescência: o primeiro namorado, crises na amizade, a necessidade de se sentir diferente do coletivo e, ao mesmo tempo, como é difícil se sentir a parte.

Além disso, tem características autobiográficas da diretora em pequenos detalhes, como com a sua cidade de nascimento que é a mesma que da protagonista, Sacramento. 

Que horas ela volta?

O filme “Que Horas Ela Volta?” é escrito e dirigido por Anna Muylaert. O longa quer ser provocador e para isso retrata muito bem o ciclo que ainda se perpetua entre empregados e empregadas e seus patrões. Ambientado na casa de um família de classe média alta no bairro do Morumbi, em São Paulo, o filme mostra cotidiano de Val, pernambucana que veio para a capital paulistana em busca de melhores condições de vida para sua família.

Lotado de estereótipos quanto a família, o filme é um soco no estômago em diversos pontos que mostram como é o tratamento de Val, que representa todas as empregadas brasileiras. Para melhorar, tem Regina Casé no elenco.

As Sufragistas

O filme franco-britânico é retrato o início dos movimentos feministas em prol, principalmente, da igualdade no voto, mas também na igualdade das condições de trabalho e de representatividade. Além de uma, o longa conta com duas mulheres na sua direção e roteirização: Sarah Gavron e Abi Morgan, respectivamente.

A personagem principal é a lavadeira Maud Watts que leva uma vida pacata na Inglaterra até ser chamada para uma reunião das sufragistas que, após serem ignoradas por tempos, passaram a realizar ações mais ativas, organizando passeatas que são reprimidas pela polícia.

Encontros e Desencontros

O filme é um dos clássicos de Sofia Coppola. “Encontros e Desencontros” é um filme gravado em Tóquio, mas mais do que uma estética marcante ou fotografia marcantes.

A história mostra um ator que foi famoso nos anos 70 e uma jovem que está acompanhando o marido, fotógrafo de celebridades, e que se conectaram pela insônia na intensa cidade de Tóquio, com seus leds coloridos.

Cafernaum

Filme árabe-libanês, “Cafernaum” foi dirigido pela libanesa Nadine Labaki. Traduzido como “Caos”, o longa tem como personagem principal Zain, interpretado por Zain Al Rafeea que atua através de sua própria história. Ele é um menino de 12 anos, refugiado de Beirute que foge de seus pais negligentes e abusivos.

O garoto acaba cometendo um crime violento e é condenado a cinco anos de prisão. Como protesto contra a vida que lhe foi imposta, ele processa o casal que o criou. O filme é repleto de imagens aéreas da cidade, evidenciam a destruição e o caos instaurado, em que, crianças como Zain, perderam há muito tempo sua ingenuidade.

A narrativa se desenrola através dos acontecimentos na vida do menino.

Adoráveis Mulheres

Outro filme de Greta Gerwig. Nos anos seguintes à Guerra de Secessão, Jo March e suas duas irmãs voltam para casa quando Beth, a tímida irmã caçula, desenvolve uma doença devastadora que muda para sempre a vida delas.

O longa é uma adaptação de um clássico da literatura americana que busca evidenciar as histórias da perspectiva feminina.

Selma

Ava DuVernay tem grandes produções no currículo, como o documentário 13ª emenda e a série Olhos Que Condenam. O filme 'Selma - Uma Luta por Igualdade' não poderia ser diferente.

O longa contra a história da luta de Martin Luther King Jr. para garantir o direito de voto dos afrodescendentes - uma campanha perigosa e aterrorizante que culminou na marcha épica da cidade de Selma a Montgomery, Alabama, e que estimulou a opinião pública norte-americana e convenceu o presidente Johnson a implementar a Lei dos Direitos de Voto em 1965. 

Como Nossos Pais

O filme brasileiro de Laís Bodanzky apresenta a história de Rosa, uma mulher que almeja a perfeição como profissional, mãe, filha, esposa e amante. Ela é filha de intelectuais e mãe de duas meninas pré-adolescentes, ela se vê pressionada pelas duas gerações que exigem que ela seja engajada, moderna e onipresente. Só que tem um problema: Rosa vive uma vida automática e beirando a infelicidade já que nada está dentro do que ela esperava.

Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou

O filme documentário "Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou"  traça um paralelo entre a arte e a doença do diretor Hector Babenco. O longa não tem medo de revelar medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e a fragilidade física que marcou sua vida. É dirigido pela diretora Bárbara Paz. A atriz foi mulher de Babenco em seus últimos anos de vida.

Queen & Slim

O filme de Melina Matsoukas é um drama racial que retrato a vida de dois jovens negros vítimas de racismo e seus desdobramentos. A impressão é até de um 'Bonnie e Clyde' negro - casal de assaltantes dos anos 1930 que viraram referência de rebeldia, mas não é bem assim. O longa conta a história de um casal negro em seu primeiro encontro, precisando lidar com a intolerância e racismo de um policial. Contudo, tudo sai errado após a abordagem racista. Os dois precisam fugir e viver foragidos.