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8 dicas para evitar brigas de casal por causa de dinheiro

Educador financeiro sugere ações para manter a relação longe de conflitos financeiros

Gabriella Gouveia Publicado em 06/06/2017, às 18h28 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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O segredo é colocar tudo na mesa, nunca esquecendo que o assunto mais importante a ser conversado não são as despesas, e sim os sonhos e desejos individuais e coletivos.  - iStock
O segredo é colocar tudo na mesa, nunca esquecendo que o assunto mais importante a ser conversado não são as despesas, e sim os sonhos e desejos individuais e coletivos. - iStock

Quando falamos de finanças para casais, é importante cuidado para evitar brigas, o que é muito comum. Mas, esse tema é fundamental, pois, sem debatem muitos relacionamentos terminam por causa do dinheiro.

Hoje sabemos que grande parte dos brasileiros desconhecem o valor do salário do companheiro. Essa informação é bastante preocupante, já que demonstra uma grande possibilidade de problemas relacionados ao dinheiro no futuro. Isso porque, a primeira dica em relação ao tratamento do dinheiro do casal é sempre muito diálogo.

Mas, como começar esse debate? O educador financeiro, Reinaldo Domingos, dá as dica. Para ele, o mais adequado é construir um orçamento familiar baseados nos sonhos e objetivos da família. “Também é muito importante que ocorra o quanto antes a definição de regras financeiras a serem seguidas, como quem paga o quê. Contudo, essas regras devem ser alvos de constantes reavaliações”, explica.

Para o casal, algumas questões se mostram fundamentais, como a questão de como dará a divisão das contas. É possível ter uma conta conjunta para que esses compromissos sejam pagos. Porém, acredito que seja interessante avaliar a possibilidade de cada um ter sua conta corrente, definindo os limites, pois cada um pode ter seus próprios gastos.

Já, quando o assunto é investimento, esse deve ser feito em conjunto, pois, assim, se poupa mais dinheiro e obtém melhores resultados. Só tratando de forma diferenciada a questão da aposentadoria, já que esse investimento deve ser separado para cada um, lembrando que, quem não construir sua aposentadoria, um dia, terá que pedir dinheiro para alguém, certo?  

O segredo, então, é colocar tudo na mesa, nunca esquecendo que o assunto mais importante a ser conversado não são as despesas, e sim os sonhos e desejos individuais e coletivos. É muito comum os sonhos serem deixados de lado, mas, acredite, esse é um erro capital de milhões de casais.

Domingos conta que é importante estar atento, colocando sempre, no mínimo, três sonhos – curto (até um ano), médio (de um a dez) e longo prazo (acima de dez anos) –, todos acompanhados de informações básicas, como quanto custa e quanto será guardado mensalmente. Caso contrário, não serão sonhos, e sim verdadeiros pesadelos para os casais, podendo “esfriar o relacionamento”.

É preciso reforçar que, mesmo tendo contas separadas, quando se opta pelo casamento, é preciso não discriminar quem ganha mais ou menos. Trata-se de uma família e, neste caso, a receita deve ser pensada e somada para todos que dela participam. Assim, se deve definir um limite de gasto para cada um e fazer com que ele seja respeitado. Caso isso não ocorra, deverá ser motivo de diálogo.

Veja algumas orientações:

1.    Recomendo reuniões frequentes entre o casal para debater as finanças, porém, diferente do que ocorre frequentemente, esse não deve ser um momento apenas de tensão, mas sim de projeção;

2.    Estabeleçam sempre sonhos de curto, médio e longo prazos, lembrando que se deve ter objetivos coletivos e individuais;

3.    Um ponto que geralmente é foco de divergências é o padrão de vida que o casal leva, assim, faça um diagnóstico financeiro e, com os números reais da vida financeira, ajuste o padrão dentro dessa lógica;

4.    Outro motivo de briga é o fato de um dos parceiros ser mais acomodado. É importante entender que cada um possui um estilo, assim, recomendo a busca de um meio termo, com regras bem estabelecidas e não ficar batendo sempre na mesma tecla;

5.    O ponto fundamental é que, quando só um dos parceiros trabalha externo, também deve se ter a preocupação com a vida financeira em longo prazo, no caso aposentadoria;

6.    Caso tenham filhos, é preciso inclui-los na conversa sobre dinheiro e, mais do que isso, também devem chegar a um acordo sobre como será a educação deles em relação às finanças;

7.    Se um dos parceiros fez alguma ação errada em relação ao dinheiro, lógico que haverá um nervosismo inicial, por isso, tente deixar o debate para um momento no qual já conseguiu se acalmar um pouco e refletir sobre o ocorrido. Contudo, não finja que nada ocorreu, guardar pode causar “estouros” futuros;

8.    Lembrem-se, é nas dificuldades que vemos com quem realmente podemos contar. Assim, em caso de crise financeira, em vez do distanciamento, o ideal é buscar estar mais perto de quem gostamos.