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Comportamento / Corpo livre

Como amar seios grandes e fora do padrão? Bianca Barroca conta porque todos os peitos são bonitos

Entrevistamos a influenciadora digital Bianca Barroca para conversar sobre amor próprio e corpos livres

Ivana Guimarães Publicado em 11/08/2020, às 15h00

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Bianca Barroca conta sobre seu processo de autoaceitação - Instagram
Bianca Barroca conta sobre seu processo de autoaceitação - Instagram

"Vai sair assim com esse peito mole e marcando?""Essa roupa não ficou legal em você! Só fica bem em quem tem seios pequenos!""Cuidado! Olha esses peitos balançando..." Quem nunca ouviu um comentário a respeito dos próprios seios, né?

Se mamilos são polêmicos, precisamos urgentemente falar mais sobre eles e naturalizar as diferenças já que, quantas pessoas que você conhece têm aquele peito firme, redondo e sem marcas das propagandas?

E para falar sobre essa diversidade de corpos, nós, da Máxima Digital, conversamos com a criadora de conteúdo Bianca Barroca, que no seu Instagram, @biancabarroca, já dá várias dicas de como se sentir bem sem precisar mudar a própria aparência.

Para ela, a pressão estética é perpetuada porque existe um mercado que lucra com a insegurança de mulheres: "Existem seios de todos os formatos e tamanhos. Com auréola clara, escura, grande, pequena. Mamilo maior, menor ou invertido. Seio após mastectomia total ou parcial. Mas o único considerado belo é o que mais se aproxima da aparência artificial siliconada. Quase 20% das cirurgias plásticas realizadas no Brasil são de prótese mamária, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica."

Mas o processo de aceitação da influenciadora não foi da noite para o dia. "Eu tenho seios grandes desde a adolescência e essa característica já meu causou muita insegurança. Eu me sentia constrangida por ser hipersexualizada fora de contexto por causa de uma blusa mais justa ou um decote. Tive uma coleção de lenços que usava para disfarçar o tamanho deles", desabafou. 

"Aos 18 ou 19 anos, procurei um cirurgião plástico para fazer a redução dos meus seios. Na primeira consulta, antes de ver qualquer exame, ele disse que eu só poderia fazer a cirurgia depois que emagrecesse. Fui embora frustrada e ao pesquisar sobre o resultado do procedimento, percebi que mesmo que eu fizesse a plástica, meu peito não se tornaria “perfeito”. Ele teria cicatrizes, poderia perder a coloração e a sensibilidade do mamilo, e eu teria mais dificuldades para amamentar quando quisesse ter filhos. Nenhuma dessas informações me foi dada na clínica", relembrou.

Hoje, o amor-próprio reina da vida de Bianca: "Depois de alguns anos, comecei a consumir conteúdos na internet sobre corpo livre. Sobre respeitar seu corpo, cuidar e conseguir ver beleza nele. Meus seios grandes e caídos um dia alimentarão meus filhos. A textura das minhas estrias é única, tal qual uma impressão digital. Esses são os seios que eu tenho hoje. Talvez um dia mudem, mas isso não importa. Eu preciso me amar hoje e não vou deixar de me sentir bonita ou sexy porque meu peito está 10 cm abaixo do que foi estabelecido como aceitável. Quem estabelece o que é bonito para mim, sou eu."

E como iniciar esse processo de autoaceitação? "Antes de tudo é necessário redescobrir o próprio corpo. Olhar como é nossa aparência além das fotos que posamos no ângulo perfeito. Se sabemos como nosso peito é sem sutiã de bojo, conhecemos todos os formatos e conseguimos observar inclusive as mudanças que acontecem neles (alô prevenção do câncer de mama!)", disse a maquiadora.

Quanto às críticas, ela não dá a mínima importância. "Qualquer pessoa que faz um comentário negativo sobre uma parte do meu corpo não quer de fato a minha felicidade. Normalmente não respondo, mas quando estou de bom humor uso um pouquinho de sarcasmo. Eu, mais do que ninguém nesse mundo, tenho noção do tamanho dos meus seios e não preciso de ninguém me avisando sobre isso", afirmou.

Abaixo, confira as dicas da influenciadora para lidar melhor com seios fora do padrão:

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