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Confira o relato vencedor da baiana que aprendeu a costurar e abriu o próprio negócio

Tecidos, linhas e agulhas foram os parceiros da baiana Glim Lopes, 34 anos, em sua transformação de vida. Com o impulso de um projeto social, ela aprendeu uma profissão e abriu seu próprio negócio

por Patrícia Affonso Publicado em 11/09/2017, às 09h00 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Tecidos, linhas e agulhas foram os parceiros da baiana Glim Lopes - Shutterstock
Tecidos, linhas e agulhas foram os parceiros da baiana Glim Lopes - Shutterstock
“Sempre tive que trabalhar muito para sustentar minha casa, em Camaçari (BA), e meus três filhos — um de 14 e os gêmeos de 12 anos. Sou separada e não recebo nenhuma ajuda do pai deles. Já fui vendedora, babá, recepcionista, coletora de materiais recicláveis... No início do ano passado, decidi que iria aprender uma profissão para me estabilizar. Na época, consegui um emprego numa loja de tecidos e fiquei encantada! Aquele ambiente reacendeu em mim um desejo de menina: aprender a costurar. Comecei a me aventurar com tutoriais da internet. Logo, vendi o tablet e o notebook dos meus filhos e comprei uma máquina de costura. 

Certo dia, uma cliente da loja comentou sobre um curso de modelagem. Fiz a inscrição e, durante as aulas, a professora me selecionou para participar do Projeto Axé, que oferece aulas de modelagem, corte e costura para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Foi essencial, pois, além da parte teórica e prática da costura, a gente tinha lições sobre empreendedorismo, pesquisa de mercado, inovação... Em setembro, fui dispensada do meu emprego, por conta da crise. Fiz muitos testes, entrevistas, mas, como não tenho o segundo grau e nunca tive minha carteira de trabalho assinada, não consegui me recolocar. Eu já estava à beira da depressão, quando uma colega do projeto sugeriu que eu investisse na costura. Uma amiga parcelou no cartão para mim duas novas máquinas, criei uma marca e fi z um banner para pendurar na porta da minha casa. Nascia a confecção Morena Flor. 

Aos poucos, começaram a aparecer as primeiras encomendas, e nunca mais parei! Nossa vida já melhorou bastante. Nunca sobrava dinheiro para passear, mas, de dezembro para cá, já levei meus filhos duas vezes para sair: fomos ao shopping, eles se divertiram naqueles brinquedos eletrônicos... Foi maravilhoso! O próximo desejo é ir ao cinema, coisa que eu nunca fiz. Quero aprender um pouco sobre administração, para poder conduzir melhor o meu negócio e ampliá-lo. Quando a gente tem um sonho que nos coloca pra cima, devemos lutar por ele!"