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Comportamento / Mensagens de ódio

Haters: Psicóloga explica os malefícios sofridos pelas vítimas das mensagens de ódio na internet

A Dra. Raquel Mello falou sobre como esse tipo de atitude pode ser prejudicial na vida de uma pessoa

Máxima Digital Publicado em 18/06/2021, às 12h58

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Haters: Psicóloga explica os malefícios sofridos pelas vítimas das mensagens de ódio na internet - Freepik
Haters: Psicóloga explica os malefícios sofridos pelas vítimas das mensagens de ódio na internet - Freepik

Eles despejam mensagens de ódio pelos posts espalhados pela internet. Conhecidos como haters, aqueles que odeiam, escrevem os comentários que podem ofender e ferir aqueles que leem. 

A internet parece um ambiente seguro, pois cada um está na sua casa protegido pelas paredes e pelo pseudoanônimo. Só que isso não é totalmente verdadeiro, a internet cada vez mais toma um o formato solitário, crítico e muitas vezes acompanhado por um cyberbullying.

Em uma conversa com a Máxima Digital, a psicóloga Raquel Mello explicou quais malefícios que esse tipo de recados podem causar na vida de uma pessoa. 

"Esse tipo de comentário pode trazer gatilhos para um comportamento disfuncional, levando a pessoa a seu extremo", disse a especialista. 

Dra. Raquel falou que essas atitudes podem desencadear quadros psíquicos: "Sim. Podem ser gatilhos que irão desencadear casos como ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, compulsão, anorexia entre outros."

A psicóloga explicou como funciona a cabeça de uma pessoa que despeja essas mensagens de ódio.

"Os haters são pessoas com ideologias radicais e que não aceitam opiniões diferentes. Essas pessoas que destilam o ódio nas redes sociais se sentem autorizados para falarem o que quiserem pela falsa sensação de  'terra de ninguém' que a internet transmite. Uma forma segura de expressar suas opiniões de ódio e, ao mesmo tempo, de se retroalimentar deste. Ou seja, são pessoas com comportamento disfuncional e que se posicionam de maneira violenta para chamar a atenção para suas ideologias e para si.", explicou. 

A especialista falou sobre como funciona a cabeça de quem lida com esses tipos de mensagens: "As pessoas se sentem atacadas, fragilizadas e muitas vezes invadidas em sua privacidade."

"As pessoas se tornam frágeis e sempre procuram a validação social para suas atitudes, ou o contrário, podem ter um comportamento agressivo e desconfiado em relação às pessoas.", disse a psicóloga sobre a vítima poder desencadear complicações de convivência.

Como se blindar diante dessa situação? A psicóloga disse que o melhor caminho é fortalecer a saúde mental.

"A melhor blindagem contra os haters é a saúde mental, ou seja, trabalhar sua autoestima e seu emocional, para que você saiba lidar com o ódio destilado e não sinta aquilo para você e sim como uma disfunção do outro.", orientou.

A especialista aconselhou que a vítima faça acompanhamento com um profissional: "É importante que se entenda qual a dimensão dessa situação na vida da pessoa e como ela está trabalhando isso.".