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Comportamento / MÊS DA MULHER

MÊS DA MULHER: "As marcas na pele contam a nossa história de uma forma incrível", afirma Evelyn Regly sobre aceitação de cicatrizes

Em entrevista exclusiva à Máxima Digital, Evelyn Regly contou do processo de aceitação das marcas que seu corpo carrega

Bruna Goularte com supervisão de Marina Pastorelli Publicado em 16/03/2021, às 16h41

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Em entrevista exclusiva à Máxima Digital, Evelyn Regly contou do processo de aceitação das marcas que seu corpo carrega - Divulgação
Em entrevista exclusiva à Máxima Digital, Evelyn Regly contou do processo de aceitação das marcas que seu corpo carrega - Divulgação

A pele é nosso maior órgão do corpo humano, reveste e assegura grande parte das relações entre o que está dentro e fora da gente. Em mundo em que cada vez mais famosas aderem à famosa lipo LAD ou continuam fazendo implantes de silicone, aceitar as marcas pelo corpo feminino parece difícil para tantas mulheres.

As estrias, celulites e até mesmo as próprias cicatrizes das cirurgias viram assuntos nas redes sociais quando surgem em alguma foto. Mesmo que seja super normal, a aceitação do corpo feminino ainda é um processo constante.

Segundo pesquisa divulgada em dezembro de 2019 pela ISAPS – Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, no ano de 2018, o Brasil registrou a realização de mais de 1 milhão de cirurgias plásticas, além de 969 mil procedimentos estéticos não cirúrgicos.  Estes números fazem com que o nosso país se torne o campeão entre os países que mais realizam procedimentos estéticos no mundo.

Felizmente, as coisas mudam ao longo dos anos, mas o processo é duro e leva tempo. Evelyn Regly, criadora de conteúdo, nunca escondeu dois sonhos: o do silicone e ser mãe. Em comum, eles possuem a felicidade de terem sido realizados, porém, deixaram marcas na sua pele para sempre lembrar o caminho até eles.

Em entrevista exclusiva à Máxima Digital, Evelyn abriu o coração em depoimento emocionante sobre processo de aceitação das cicatrizes e como elas construíram sua trajetória.

"Tudo mudou na minha cabeça quando eu entendi que aquelas marcas contavam a minha história. Então, se eu tinha aquelas marcas, se elas estavam ali significava que eu venci de alguma forma. Eu tava viva, apesar de todo problema que eu passei, e eu passei a olhar aquelas marcas como realmente a minha história, sabe?", diz.

"Eu passei a não ligar mais pro que as pessoas falavam, passei a não ligar mais, de usar um biquíni que, de repente, poderia parecer um pouco, uma blusa. E fui entendendo que cada marquinha que a gente tem no nosso corpo, realmente, conta a nossa história", acrescenta.

A primeira marca marcante que Evelyn teve em seu corpo foi por causa das cicatrizes dos seios. No final de 2020, a influenciadora retirou a prótese de silicone após um processo mal sucedido. Ela ficou com seios abertos, correndo risco de infecção, por nove meses, e preciso de inúmeras idas à emergência e a médicos como mastologista, infectologista durante o processo.

Na época da retirada, Regly confessou que foi do sonho ao pesadelo.

"Quando deu errado, eu fiquei com uma a cicatriz bem grande e eu me culpava por aquilo, achava horrível, fiquei com a minha autoestima muito baixa, tinha muito trauma daquilo e me senti vergonha muitas vezes", fala.

Antes de ter o seu filho Lucas, fruto de seu casamento com Diego Cabral, Evelyn também foi uma das vítimas da pressão estética, como a maioria das mulheres, e encontrava 'defeitos' em lugares que não existiam.

"Era uma pessoa muito complexada, teoricamente, era uma pessoa, assim, que era dentro dos padrões da sociedade, aquela ela pessoa padrãozinha, magrinha. E mesmo assim, eu tinha muito complexo de tudo, não mostrava umbigo, tinha vergonha de me trocar, às vezes, em campanha mesmo. Eu tentava esconder de todas as formas as marcas do seio. Se tivesse celulite, tentava botar uma canga, de alguma forma, quando eu tava na praia pra esconder", relembra.

Outra marca na pele de Evelyn é a cesária. Após sofrer três abortos espontâneos e tentar engravidar por 10 anos, a Youtuber deu à luz ao seu primeiro filho e ficou com uma cicatriz na barriga, que não a incomoda: "Mostra que eu consegui vencer após três perdas. Consegui engravidar. As marcas que eu tenho do seio, que eu consegui tirar as cicatrizes da primeira cirurgia, a marca que eu tenho hoje dessa cirurgia é que realmente eu consegui vencer esse problema".

"É o momento da minha vida que mais marcou a minha pele foi depois que eu tive o Lucas. A cesária é uma coisa que muita gente tenta esconder, muita gente fica com vergonha e pra mim a cesária é uma marca que eu vejo como vitória mesmo, deu ter conseguido ter meu filho, depois de tantas lutas", adiciona.

Com bom-humor, ela diz que as celulites são 'excesso de gostosura', depois de engordar seis quilos acima do meu peso no pós-gravidez. Inclusive, ela aponta que não é nada demais ter celulite. Afinal, todo mundo tem!

"São características da nossa pele, do nosso corpo. E elas contam a nossa história de uma forma incrível, tanto que cada um tem a sua, não tem, não existe marca igual, cada pessoa tem a sua marca específica, porque cada um tem a sua identidade, cada um tem a sua história", explica.

Aos 37 anos, Evelyn Regly sabe muito bem quem é e tudo o que passou para construir sua história e suas marcas. A influenciadora não esconde sua felicidade e a prioriza independente de qualquer coisa, que entende os momento que está vivendo, as mudanças e as marcas que carrega.

"Me sinto muito orgulhosa com a Evelyn que eu vejo hoje. A que eu vejo hoje é uma Evelyn totalmente segura de si, que não se importa com a opinião sobre corpo das pessoas. Costumo falar que a partir do momento que o corpo do outro te incomoda, o problema tá em você e não no outro", finaliza.


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