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Comportamento / Dia do Orgulho Lésbico

Orgulho Lésbico: Podcasts que tratam sobre a letra L da sigla LGBTQIA+

A pesquisadora Ana Claudino explicou a importância da data e indicou podcasts incríveis

Ivana Guimarães Publicado em 19/08/2020, às 22h30

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Dia do Orgulho Lésbico - Getty Images
Dia do Orgulho Lésbico - Getty Images

Nesta quarta, 19, é comemorado o Dia Nacional do Orgulho Lésbico, data em que há 37 anos ocorreu a primeira manifestação lésbica no Brasil. Na ocasião, militantes ocuparam o Ferro’s Bar em São Paulo, em protesto contra discriminações ocorridas algumas semanas antes.

Para entender a importância da data e enaltecer mulheres lésbicas criadoras de conteúdo em diversas plataformas, como os podcasts, conversamos com a criadora do canal Sapatão Amiga, Ana Claudino

Para a pesquisadora, valorizar este dia é reconhecer as lutas no decorrer da história. "É olhar tudo o que as lésbicas que vieram antes de nós já fizeram e lutaram para que pudéssemos estar aqui hoje. Mas também significa exaltar a autoestima lésbica. Dizer que está tudo bem sermos quem somos, porque vivemos em uma sociedade que o tempo todo tenta nos patologizar. Algumas pessoas inclusive, nem nos enxergam como mulheres. Então, esse é um dia de exaltar o afeto, a visibilidade e pautar as nossas lutas diárias por reconhecimento de direitos."

Como uma mulher homossexual, negra e gorda, Ana explicou que tem múltiplos enfrentamentos: "A gordofobia, o racismo e a lesbofobia são opressões estruturais. Eu tenho que constantemente ter um trabalho de autoestima para entender que não tem nada de errado com meu corpo e construir a minha beleza, além do que falam. Todas essas opressões são interligadas, não tem como dizer qual vai doer mais. Temos que diariamente enfrentar essa estrutura que foi feita para nos oprimir e aniquilar.”

Sobre a lesbofobia, Ana relatou: "É o ódio, asco ou nojo de lésbicas. Uma forma de discriminação e de nos tratar como erradas ou pecadoras. As pessoas têm que entender que nós precisamos ter os direitos garantidos. Temos o direito de ficar vivas, de moradia, de trabalhar. De ter políticas públicas para nós. Poder fazer uma consulta no ginecologista e não sermos julgadas pela forma como nos relacionamos. Ter respeito, sem sermos vistas como agressivas ou maníacas sexuais."

E para as pessoas heterossexuais que querem ser aliadas da causa, Ana explicou: "Elas podem ajudar contratando lésbicas em suas empresas, repreendendo piadas lesbofóbicas, nos ouvindo e entendendo o nosso lado."

Dona do podcast LesboSapiência, a influenciadora falou da importância de ter mulheres lésbicas criando conteúdos em diversas plataformas: "Tem que ter sapatão ocupando todos os espaços e produzindo conteúdos diversos porque nós somos plurais."

A seguir, listamos as indicações de podcasts de Ana:

PODCASTÃO

PARACHOQUE DE MONSTRO

AMENA PODCAST

Nós, da Máxima Digital, também separamos algumas dicas de podcasts que tratam sobre vivências de mulheres lésbicas. Confira:

VAMOS AO QUE INTERESSA

SAPATO 44

DE MALA E CUIA

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[SAPATÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS] Hoje é uma das datas que deram origem ao mês da visibilidade lésbica no brasil. Considerado o Stonewall brasileiro aconteceu em 19 de agosto de 1983 no tal Ferro's Bar, na avenida 9 de julho em São Paulo. Mas qual foi a treta? Então, o bar foi um ponto de encontro sapatão dos anos 60 aos anos 90. Já era conhecido por ser frequentado por comunistas e depois, nós lgbt+ começamos a frequentar o lugar também. Até aí ok, mas foi quando em 1981 surgiu o Grupo Ação Lésbica Feminista, o GALF e começou com o tal periódico (com o melhor nome de todos, hahaha) Chanacomchana para divulgar o movimento e usando o bar como ponto de distribuição que o bicho começou a pegar. O dono do bar proibiu a venda, por ser uma produção lésbica, enquanto fazia vista grossa pra venda de drogas ilícitas. Aí, nesse dia em 1983 as militantes junto com outros grupos LGBT, feministas e figuras políticas, como Eduardo Suplicy ❤, leram o manifesto contra a repressão, resultando num pedido de desculpas e a liberação da venda do periódico. Esse dia é um lembrete pra gente, como mulher, como cidadã, como ser que faz parte da humanidade. Não se deixe oprimir. E a resposta não precisa ser violenta, mas sim, firme. #lgbt #lgbtqia #sapatão #sapatao #lésbica #lesbica #lesbicas #lesbian #dyke #bissexual #orgulho #pride #visibilidade #podcast #caminhao #butch #lesbicacaminhao #demalaecuiapodcast #todaformadeamor

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