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Comportamento / Exposição

Para onde ela estava olhando quando tudo ficou escuro: Artistas trazem dualidade entre cérebro e coração

As artistas Corina Ishikura e Jussara Marangoni apresentam estudos sobre o espaço e as conexões por vezes literais

Máxima Digital Publicado em 07/03/2022, às 13h00

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Divulgação
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Quem nunca ouviu dizer em agir com o cérebro ou com o coração? Essa dualidade do modo de conduzir suas atitudes virou tema da mostra Para onde ela estava olhando quando tudo ficou escuro, que apresenta as obras de Corina Ishikura e Jussara Marangoni

O evento artístico acontecerá entre os dias 8 de março a 22 de abril no Centro Cultural Correios São Paulo e conta com a curadoria de Paulo Galina.

Há um duplo do mundo. Um que todo ser humano carrega dentro de si. Em suas entranhas. Nas órbitas de seus olhos. Em sua mente. Um duplo do mundo: ordenado pelo coração e gravado em nossos cérebros.

A mostra especula e apresenta estes espaços anômalos que não obedecem às leis imperativas e objetivas da física.

As artistas Corina e Jussara trazem ao público, no Centro Cultural Correios, um conjunto de obras que, ao se debruçarem em estudos sobre o espaço e as conexões por vezes literais, habilitam a ocupação e o habitar desse país-continente que é o Brasil.

Como é típico da inquietação de artistas, a pesquisa de ambas, em determinado ponto, dá um passo para o lado e observa a realidade material do mundo de viés, em busca, talvez, daquilo que a física e a ótica não dão conta de revelar: talvez buscando um ponto de confluência, onde a humanidade se integra e se insere na natureza, ao invés de se contrapor a ela na forma de cultura.

No espaço expositivo repleto de sentimentos positivos e muito afeto, não existe separação entre natureza e cultura, entre humano e inumano, entre selvagem e civilizado, pois aqui só existe aquilo que afeta e aquilo que é afetado, confluindo como um rio. Rio, cujas águas sempre passam para que sempre seja o mesmo; assim como ideias que sempre fluem para que as provocações, sobre o que ao fim nos faz humanos, sempre nos levem mais adiante, para dentro de uma certa ideia de paisagem e natureza, nunca para mais longe.

BBB: Quem deve ser eliminado?

  • Arthur Aguiar
  • Jade Picon
  • Jessilane

Exposição: Para onde ela estava olhando quando tudo ficou escuro
Artistas: Corina Ishikura e Jussara Marangoni
Quando: De 8 de março a 22 de abril de 2022, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h
Onde: Centro Cultural Correios São Paulo
Endereço: Praça Pedro Lessa, s/n – Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo – SP
Entrada gratuita. Com acesso para pessoas com deficiência. Classificação etária: Livre 
Como chegar: Metrô - Estação São Bento, saída para o Vale do Anhangabaú. 
Informações: (11) 2102-3691 
E-mail: centroculturalsp@correios.com.br


Sobre as artistas
Corina Ishikura é artista e pesquisadora. Sua produção tenta expressar, por meio da pintura, colagem, desenhos e outros materiais, a natureza como algo muito além do homem e dos elementos do planeta Terra, é sobre o existir através da conexão entre todos os corpos e elementos que compõem o universo. Fala de uma existência impregnada de vibrações e mutações que remete a uma grande rede neural biológica, onde todos interagem com seus vizinhos, da mesma forma pelo qual os neurônios o fazem com vários terminais axônios conectados via sinapses a dendritos. Nesse espaço vazio, nesse espaço entre, não há como existir por si só.
Graduou-se em Letras pela Universidade Mackenzie. Participa, como Aluna Especial do curso de Mestrado em Artes na USP. Frequentou o ateliê do artista Kazuo Wakabayashi. Participou das residências artísticas: Kaaysa Art Residency, Boiçucanga SP em 2019 e pela Fundação Mokiti Okada, nas cidades de Kiyoto, Atami e Hakone no Japão em 2017, entre outras. Expôs em instituições e salões de arte como Espaço, superfície, impermanência, Museu de Arte de Blumenau, SC (2021/22); Ar Acervo Rotativo, Oficina Cultural Oswald de Andrade SP, curadoria Laerte Ramos; Ser pássaro sem poder voar, Ateliê Alê SP (2021); Leituras, Casa Contemporânea SP (2021); Otras Tierras, Círculo da Arte de Toledo, Espanha (2021); Leituras, Casa Contemporânea SP (2021); Metáforas e Formas, Fundação Inatel, Évora, Portugal (2021); Respira Arte Funarte SP (2020)[premiada]; Últimos dias, Ateliê Fonte SP (2020); Bienal Oswaldo Goeldi, Taubaté́ SP (2020); Casa Tato SP (2020); Lu Mourelle Art Gallery , Cascais, Portugal (2020); 26º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande SP; SP (2019); 16ª. Salão de Arte Contemporânea de Guarulhos SP (2019); Mil e Uma, Casa Lâminas SP e Galeria Murilo Castro, Belo Horizonte MG, itinerante, organizado por Celso Fioravante; Salões internacionais de Arte Contemporânea de Paris, Luxemburgo e Stuttgart (2019); Fundação Mokiti Okada (2017); 1ª Bienal SESC Brasília-DF (2016)[premiada].

Jussara Marangoni nasceu em São Paulo, vive e trabalha em Araçatuba. Graduou-se em Artes na FAAP e concluiu mestrado em design pela UNESP. É professora de artes, tendo colaborado com universidades como Mackenzie, FAAP, Santa Marcelina, Belas Artes, PUCSP e oficinas no SESC.
Suas recentes pesquisas em pinturas com aquarela e desenhos com carvão, remetem à matéria viva, estruturas que parecem raiz, mas também redes neurais como os desenhos de anatomia. Falam de uma vida, de um corpo inumano, muitas vezes materializado em sua versão carbonizada e em processo de apagamento.
Participou de residências artísticas, exposições em espaços independentes, museus, galerias, centros culturais dentre eles: Ocupa MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto, SP (2022); Espaço, superfície, impermanência - Museu de Arte de Blumenau, SC (2021/22); Ser pássaro sem poder voar no Atliê Alê (2021) - São Paulo, SP; Leituras na Casa Contemporâneas (2021) - São Paulo, SP; Últimos dias no Fonte – São Paulo, SP (2020); Bienal Oswaldo Goeldi – Taubaté, SP (2020); Casa Tato - São Paulo, SP (2020); Entretecidas - Centro Cultural UFSJ, MG (2020); Das ruínas em construção - Centro de Artes da UDESC – Florianópolis, SC (2019); Raiz, veia, afluente - Museu de Arte de Blumenau, SC (2019); Entretecidas - Museu de Arte de Cascavel, PR (2019); IV Bienal do Sertão de Artes Visuais, Teresina, PI (2019); Raiz, veia, afluente - CCW Ribeirão Preto, SP (2019); Espaços Solitários – Casa da Memória Italiana – Ribeirão Preto, SP (2019). Contemplada com o prêmio FUNARTE Respirarte de Artes Visuais e com o Prêmio de Incentivo Aldir Blanc no projeto Livro de Artista em 2020.