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Plano de ação para recuperar o desejo e transar mais (com qualidade, claro!)

Armadilhas do dia a dia roubam nosso impulso sexual e tornam a vida a dois cada vez mais morna e apática. É hora de mudar isso!

Texto: Patrícia Affonso Publicado em 12/05/2017, às 13h33 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Plano de ação para recuperar o desejo e transar mais (com qualidade, claro!) - Shutterstock
Plano de ação para recuperar o desejo e transar mais (com qualidade, claro!) - Shutterstock
Estamos transando menos — e as pesquisas comprovam isso. Duas décadas atrás, as mulheres relatavam ter algo em torno de 6,3 relações sexuais por mês. Hoje, a média é de 4,8: uma redução de quase 20%. Não é à toa que mais da metade da ala feminina diz estar insatisfeita com a vida sexual. Mas, afinal, quais são os vilões que estão contribuindo para isso? Conheça a seguir e veja como driblá-los. 

Rotina 

A verdade é que a vida prática e a sexual parecem, mesmo, andar na contramão uma da outra. Enquanto no cotidiano procuramos estabelecer métodos para que as coisas fiquem mais simples e até “automáticas”, o desejo pede inovação, novidade, surpresa... E, depois de muito tempo juntos, é inevitável: a gente acaba repetindo as mesmas posições, transando nos lugares e horários de sempre... “Se o casal não luta contra essa monotonia pode acabar se tornando uma dupla de bons amigos e ex-amantes, ou ter uma frequência sexual tão baixa que deixa ambos infelizes”, diz o urologista e terapeuta sexual Celso Marzano (SP). 

ENFRENTE O PROBLEMA: nada daquele selinho rápido quando um dos dois chegar em casa. Apostem num beijo longo, demorado. Resgatem o toque: alguns casais, com o passar dos anos, perdem o hábito de abraçar, acariciar e estimular o outro. “É importante deixar fluir. Às vezes um dos dois nem está com tanta vontade assim, mas topa a investida do parceiro e, quando vê, está superexcitado”, sugere o expert. Além disso, é importante resgatar o encantamento e o mistério. “Para isso, lembrem-se sempre do motivo pelo qual se apaixonaram. E deem asas à imaginação: realizar uma fantasia pode encher novamente o estoque de libido”, orienta a sexóloga Priscila Junqueira (SP). 

Estafa 

O dia continua com as mesmas 24 horas, mas a impressão é que as obrigações já não cabem nesse período. E o sexo, onde fica? Muitas vezes, jogado para escanteio, como o último item da lista infindável de coisas das quais devemos dar conta. Você sabe como é: se der tempo, se sobrar gás, aí rola. O problema é que dificilmente sobra, não é mesmo? “O sexo só será prioridade se acharmos espaço dentro da correria. Existe uma regra que diz: quanto mais sexo se pratica, mais sexo queremos praticar. O contrário também é verdade”, destaca Celso. 

ENFRENTE O PROBLEMA: para muita gente, é óbvio que o sexo tem que ser feito no final do dia, quando todas as outras obrigações já foram atendidas, os filhos já estão na cama etc. Mas quem foi que disse que isso é regra? Até porque, vamos combinar: as chances de você (ou ele) estar esgotada a essa altura do campeonato é grande.Que tal começar o dia transando? “Transar no meio da tarde, sem que se planeje muito, também é superestimulante”, diz Celso. Em suma: reveja seu cronograma e, definitivamente, inclua transas nele. E, ao contrário do que se pensa, exercitar o corpo pode ser uma poderosa arma contra o cansaço que está minando o seu desejo. “Liberamos hormônios durante e após o exercício que trazem uma sensação de bem-estar, aumentam a energia, favorecendo o impulso sexual”, completa Priscila. Mexa-se! 

Stress 

Quem é que consegue pensar em sexo quando a cabeça está preenchida com aquela apresentação importante para o cliente na manhã seguinte ou o prazo para quitar aquela dívida ativa? Isso mesmo: (quase) ninguém tem a habilidade de separar as coisas em gavetinhas, sem deixar que uma afete a outra. “Quando algo nos preocupa muito, ficamos sem cabeça para erotizar”, diz Celso. Aí: bye-bye, tesão! 

ENFRENTE O PROBLEMA: a primeira dica, da sexóloga Priscila, é ter o cuidado de dimensionar melhor as coisas com as quais se preocupa. “Muitas vezes, damos à situação um peso maior do que ela tem”, pondera. Reflita: o que você pode fazer para que a questão seja solucionada? Uma vez que tenha a resposta, faça sua parte e siga em paz. Além disso, busque atividades prazerosas que aliviem um pouco o peso do dia a dia: um esporte, saída estratégica com os amigos, aquele jantar romântico... Receber massagem caprichada também é interessante: o toque alivia a tensão e desperta os sentidos! 

Tecnologia 

O tempo que temos disponível já é escasso. Como se não bastasse isso, ainda existem alguns ladrões disfarçados: redes sociais, joguinhos, conversas online... Que atire a primeira pedra quem não dedica bons momentos do seu dia a essas distrações! Um paradoxo complicado: você sente que está mais próxima das pessoas com quem não tem tanto contato real, mas, sem o devido cuidado, pode acabar se afastando de forma drástica de quem está ao seu lado. Exemplo disso: 80% dos adultos têm o hábito de levar o celular para a cama, que seria espaço para outras práticas mais interessantes... 

ENFRENTE O PROBLEMA: o segredo está no equilíbrio. “O casal precisa conversar e fazer os ajustes para favorecer a relação”, diz Priscila. Um exemplo: combinem, num acordo de paz, que o uso do celular, tablet e outros eletrônicos fica restrito após determinado horário. E, é claro, usem essa janela para vocês: seja para colocar a conversa em dia, mimar um ao outro, seja para tirar o atraso sob os lençóis (entenda, tudo o que citamos se converte em intimidade, que favorece o desejo)... Se for para usar a tecnologia ali, procurem juntos conteúdos para apimentar a relação (em sites seguros). A internet oferece muito material para alimentar o imaginário e ampliar o repertório erótico do casal. Tirem proveito!