Máxima
Busca
Facebook MáximaTwitter MáximaInstagram MáximaGoogle News Máxima

Previna-se na hora do beijo: o ato pode transmitir doença

Antes de cair na folia, conheça os perigos silenciosos por trás de um beijo e como cuidar da saúde bucal

Redação Máxima Publicado em 22/02/2017, às 19h39 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Além do beijo, a mononucleose pode ser transmitida através da tosse, espirro, objetos como copos e talheres ou qualquer outro modo onde haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada. - Shutterstock
Além do beijo, a mononucleose pode ser transmitida através da tosse, espirro, objetos como copos e talheres ou qualquer outro modo onde haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada. - Shutterstock

Um beijo trocado durante a folia pode deixar de lembrança doenças como a mononucleose, periodontite, cárie e outras doenças transmissíveis pela saliva.

A mononucleose que se multiplica nesta época do ano, ganhou o apelido de “doença do beijo” porque é causada pelo vírus Epstein-Barr que é transmitido de humano para humano através da saliva. Além do beijo, a mononucleose pode ser transmitida através da tosse, espirro, objetos como copos e talheres ou qualquer outro modo onde haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada.

A mononucleose é mais comum em adolescentes e adultos. Um indivíduo infectado pelo Epstein-Barr pode manter-se com o vírus na sua orofaringe por até 18 meses após a resolução dos sintomas, podendo contaminar pessoas com quem mantenha algum contato íntimo, principalmente, se prolongado.

“É por isso que a maioria das pessoas que desenvolve mononucleose não se recorda de ter tido contato com alguém doente. A própria pessoa que transmite o vírus nem sequer imagina que ainda poderia transmiti-lo, esclarece o dentista, Oscar Razuk, que possui cursos de especialização no exterior (American Dental Association, FDI, NewYork University). Não é de se estranhar, portanto, que apesar da baixa infectividade, em alguns países mais de 90% da população adulta já tenha tido contato com o vírus da mononucleose.

Nas pessoas que desenvolvem os sintomas, o período de incubação (intervalo de tempo desde o contato até o aparecimento dos primeiros sintomas da doença) é, em média, de quatro a oito semanas. Os sintomas típicos da mononucleose incluem febre, cansaço, dor de garganta e aumento dos linfonodos do pescoço (ínguas). O quadro pode ser muito semelhante às faringites comuns causadas por outros vírus e bactérias.

O tratamento baseia-se em cuidar dos sintomas e repouso. Não há droga específica para o vírus e o quadro costuma se resolver espontaneamente em duas semanas. Devido ao risco de ruptura do baço, recomenda-se evitar exercícios por pelo menos quatro semanas.

Ao contrário da mononucleose, que mesmo com o uso de enxaguantes bucais e da escovação adequada, não é possível impedir a contaminação pelo vírus através da saliva, no caso da cárie e das doenças periodontais, a higiene bucal é fundamental para prevenir a contaminação por bactérias através do beijo.

“Os cuidados diários com a saúde bucal, além de deixar o sorriso bonito, impedem a proliferação de bactérias e a entrada de infecções.  Por isso, é indispensável escovar os dentes, usar o fio dental e fazer a escovação da língua, seis vezes ao dia. Adotar práticas saudáveis para manter uma boa imunidade também é uma excelente barreira de proteção para o organismo”, ressalta Dr. Razuk.