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Sexo durante a menstruação: obstetriz tira todas as dúvidas sobre transar menstruada

Mariana Betioli respondeu às principais dúvidas sobre o tema

Máxima Digital Publicado em 21/04/2021, às 17h00

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Obstetriz tira todas as dúvidas sobre transar menstruada - Freepik
Obstetriz tira todas as dúvidas sobre transar menstruada - Freepik

Sexo durante a menstruação ainda é um tabu na sociedade. Para colocar um ponto final esse pensamento atrasado, a obstetriz Mariana Betioli respondeu às principais dúvidas sobre o assunto.

Apesar de um tema polêmico, todo mundo quer saber sobre o assunto. Afinal, é possível transar naqueles dias?

A vontade varia de pessoa a para pessoa, não existe um padrão quando o assunto é o desejo sexual.

Nessa fase, o clitóris fica mais sensível aos estímulos e os hormônios sexuais estão nas alturas, o que também facilita o orgasmo.

“Muitas pessoas sentem que o desejo sexual aumenta alguns dias antes da ovulação, que acontece cerca de duas semanas antes da menstruação. Outras sentem aumento de libido durante a menstruação também. Isso acontece por causa da mudança hormonal dessa fase”, destacou Mariana.

“Se perceber que a vontade de transar aumentou, saiba que isso é natural e não há problema em ter relações sexuais mesmo durante o sangramento”, indicou a especialista.

De acordo com a obstetriz, o orgasmo, inclusive, oferece vantagens, sendo capaz de aliviar até as cólicas menstruais. “A cólica acontece quando o útero se contrai para expelir o sangue menstrual e, curiosamente, durante o orgasmo o útero também se contrai, mas depois relaxa totalmente. O que faz melhorar a cólica é esse efeito relaxante do orgasmo somado ao aumento de fluxo sanguíneo na região pélvica e a liberação de hormônios de prazer”, apontou Mariana.

A especialista incentiva o autoconhecimento das mulheres, especialmente durante o período menstrual. “Menstruação não deveria ser um tabu. Quanto mais nos conhecemos, melhores serão as decisões que tomamos em relação à nossa própria saúde. E o autoconhecimento faz toda a diferença na hora do sexo. Analise como você se sente, observe seus desejos sexuais durante a menstruação”, disse.

“Além disso, existe algo de libertador na prática sexual durante a menstruação. Não só pelas condições físicas do momento, como aumento da lubrificação vaginal, mas também por aumentar a intimidade do casal e romper com um preconceito que persiste por muitos anos na nossa cultura”, acrescentou.

Contudo, mesmo nos momentos de prazer, é sempre essencial tomar medidas de proteção. O uso da camisinha é fundamental para evitar não só uma gravidez inesperada, mas também o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis (IST).

“As chances são menores, mas ainda assim é possível engravidar durante a menstruação. Se você tiver um ciclo menstrual curto, o risco de engravidar aumenta. O esperma pode permanecer vivo no corpo da mulher por até cinco dias. Portanto, se o ciclo é menor e a ovulação ocorre poucos dias após acabar o sangramento, há uma chance de liberar um óvulo enquanto o esperma ainda estiver vivo na vagina”, declarou Marian.

“Usando preservativo, você e seu parceiro ou parceira poderão aproveitar o momento com mais segurança, tranquilidade e leveza.”, orientou a profissional.

Outra questão que gera preocupação nas mulheres quando o assunto é sexo durante a menstruação é com relação ao sangue. Muitas delas não transam ou se masturbam durante a menstruação, por mais que sintam vontade, pelo receio de manchar o lençol, preguiça de arrumar tudo depois, nojo do sangue e ainda o fato de não se sentirem à vontade com o parceiro ou parceira.

A profissional orientou o uso de um disco menstrual: “O disco menstrual fica no fundo da vagina, não vaza durante o sexo, não interfere na lubrificação vaginal e nem a mulher e nem a pessoa com quem ela está se relacionando vão sentir que ela está usando”, acrescenta.

A obstetriz destacou a importância do processo de desconstrução. “Quando entendemos que o sangue que sai do nosso útero é um sangue limpo e puro, começamos a fazer as pazes com o nosso ciclo. Isso só contribui para que possamos viver a nossa sexualidade de forma plena”, reforçou Mariana.