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Sucesso desde a abertura da Mostra, obras de artista visual e escritora brasileira ficarão disponíveis na Embaixada do Brasil em Buenos Aires até o fim do ano

O trabalho de Paula Parisot é interdisciplinar e reúne literatura, pintura, desenho, performance e vídeo

Máxima Digital Publicado em 29/09/2021, às 16h01

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Sucesso desde a abertura da Mostra, obras de artista visual e escritora brasileira ficarão disponíveis na Embaixada do Brasil em Buenos Aires até o fim do ano - Divulgação
Sucesso desde a abertura da Mostra, obras de artista visual e escritora brasileira ficarão disponíveis na Embaixada do Brasil em Buenos Aires até o fim do ano - Divulgação

Paula Parisot é um sucesso!

A artista visual e escritora carioca Paula Parisot foi convidada para participar da 3ª edição da BienalSur, que acontece simultaneamente em diversos museus e instituições culturais pelo mundo.

A Mostra, denominada “Literatura do Eu”, que foi inaugurada em 8 de setembro, é uma exposição-narrativa, em primeira pessoa que ocupa as cinco salas expositivas da Embaixada do Brasil em Buenos Aires e vem ganhando destaque na capital argentina.

"Original e criativa, Paula Parisot encontrou uma nova maneira de apresentar os seus livros, acrescentando a eles elementos da arte performática. Dessa maneira, ela está na vanguarda da abertura de novas possibilidades para escritores e artistas em geral. Para encontrar novas formas de expressão, ela corajosamente cruzou as fronteiras entre a arte de escrever e a arte da performance.”, declarou Marina Abramovic sobre o trabalho da artista.

Obra de Paula Parisot
Divulgação

O projeto está dividido por etapas. Na primeira sala está representada a infância da artista, sua família e o pai dos seus filhos, que faleceu.

O corredor de circulação recebe desenhos abstratos que representam os seus pais, avós e esculturas em espuma e pintura acrílica de inegáveis alusões fálicas, que representam os homens importantes de sua vida.

Esse corredor conduz à grande sala e à instalação "A jovem senhora finalmente compreendeu que não há garantias nem almoços grátis", que resume a visão ligeiramente pessimista, embora realista, da artista, onde palavras juradas, o ego satisfeito e a eficácia da sedução não duram. Outros fatores entram em jogo, sendo a fatalidade um deles.

As duas salas subsequentes são dedicadas à videoarte: uma vídeo-performance inédita, captada ao meio-dia de 24 de outubro de 2013 — quando, com seu celular escondido, moveu-se como um lagarto rastejante pelas ruas em ebulição do centro de São Paulo, registrando tudo o que acontecia no nível do solo; o segundo vídeo abre com uma citação de Hilda Hilst“Se você é coerente consigo mesmo, o resto é suportável. Eu suporto" – e é ambientado na Buenos Aires da quarentena, em 2020, como um "diário visual da pandemia".

"O que é a Literatura do Eu? A ânsia do escritor de falar de si próprio? A necessidade de falar da própria infância, das próprias memórias, dos próprios desejos e frustrações? Por que tanto apego às próprias vidas? Por que a recusa da fantasia, da invenção? Por que, hoje, a ficção parece criar ojeriza? Algo se rompeu? A imaginação caiu em descrédito?", questiona Paula Parisot, também a co-criadora da série de TV A Crucigramista, exibida no Brasil pelo canal Arte 1.

Paula Parisot
Divulgação

Na hora dos vídeos, o primeiro deles revela as reações das pessoas, tendo como espectadores um pregador evangélico e os jovens "cultos". Ambos os espectadores da performance de Parisot são testemunhos muito valiosos para compreender os mecanismos de recepção de arte.

Já o segundo apresenta imagens vertiginosas que incluem flashbacks, um dispositivo narrativo que justapõe o tempo, construindo uma narrativa tridimensional, trazendo reflexões sobre sua história pessoal e a pandemia.

Paula Parisot
Divulgação
Paula Parisot
Divulgação


Sobre Paula Parisot

Paula Parisot nasceu no Rio de Janeiro e vive em Buenos Aires. Mestre em Fine Arts da The New School University, Nova York. Artista visual e escritora, seu trabalho é fundamentalmente interdisciplinar, uma vez que reúne literatura, pintura, desenho, performance e vídeo. Ela teve uma série de exposições individuais relacionadas à sua obra literária, incluindo uma exposição individual na EAV Parque Lage (RJ, 2014) e em Guadalajara (México, 2014). Expôs em instituições como o SESC em São Paulo. Co-criadora, com Jessica Mitrani, de A Crucigramista (Arte1, Brasil) um programa de TV sobre arte na América Latina. A Crucigramista participou da DOCLisboa, 2018 e da Bienal do Mercosul, 2020. É autora dos livros A dama da Solidão (Companhia das Letras, 2007), finalista do Prêmio Jabuti, (Cal y Arena, 2008 e Dalkey Aclive Press 2010); Gonzos e Parafusos (Léa, 2010, Cal y Arena, 2011) e Partir (Tordesilhas 2013, Cal y Arena, 2013). Parisot trabalhou internacionalmente na divulgação da literatura brasileira na organização de antologias como La Invenciono De La Realidad (Cal y Arena, México, 2014).

Paula Parisot
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Literatura do Eu

Mostra de Paula Parisot na BienalSur

Data: de 8 de setembro a 10 de dezembro de 2021

Local: Embaixada do Brasil em Buenos Aires

End.: Arroyo 1142 CABA - Buenos Aires

Visitação: de segunda a sexta-feira, das 11h às 19h

Entrada gratuita

Paula Parisot
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