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Viva bem, apesar da crise

Que o cenário econômico está difícil, todo mundo já sabe. No entanto, as suas escolhas é que vão definir o tamanho do impacto no bolso — e o seu grau de tranquilidade. A seguir, listamos medidas para você colocar em prática já!

Texto: Patrícia Afonso / Foto: Shutterstock Publicado em 04/03/2016, às 13h19 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Viva bem, apesar da crise - Shutterstock
Viva bem, apesar da crise - Shutterstock
Pesquise — é indispensável
Com a volta da inflação, nunca foi tão necessário comparar os preços antes de fazer alguma aquisição. A boa notícia é que a tarefa está fácil, pois quase todas as lojas colocam os valores dos produtos na internet. Mais do que isso, existem sites, como o Buscapé e o Zoom, que realizam a pesquisa de mercado por você. Eles mostram quanto custa um mesmo item em diferentes locais e, algumas vezes, até apresentam em gráfico como foi a variação de preço nos últimos meses, permitindo que você avalie se é, de fato, a melhor hora para comprar. Em tempo: compras online costumam ter um abatimento no custo do produto. Isso porque a internet possibilita a adoção de uma estrutura mais enxuta, sem gastos com aluguel e vitrines, o que influencia no valor final oferecido ao consumidor. Leve isso em conta!

Ande no caminho certo
A planejadora financeira Marcia Dessen (SP), autora do livro Finanças Pessoais: O Que Fazer Com Meu Dinheiro (Trevisan), revela como não dar o passo maior que a perna e se manter o ano todo no azul: 

✔ Não tome empréstimo para financiar consumo
Use crédito para construir o seu patrimônio ou viabilizar negócios. 

✔ Tenha, no máximo, dois cartões de crédito
Reduza o limite total dos cartões para cerca de 40% da sua renda mensal líquida e pague 100% da fatura no vencimento. 

✔ Reduza o limite do cheque especial
Não caia na armadilha de incorporá-lo à sua renda mensal. Aprenda a viver apenas e tão somente com o seu salário!

Prepare-se para emergências
Especialistas recomendam: para viver mais tranquila, sem grandes sustos, é preciso ter uma reserva com o valor equivalente a seis meses de gastos habituais. A indicação está baseada no período médio que uma pessoa leva para se recolocar no mercado, caso perca o emprego. É bom se prevenir

Exercite a arte da pechincha
Se você tem vergonha de negociar preços e condições de pagamento, está na hora de rever os seus conceitos! É verdade que, na maioria das vezes, só consegue exercer o poder de barganha quem está com dinheiro na mão para efetuar o pagamento à vista. Por isso, dependendo do grau da necessidade, vale muito a pena aguardar um pouquinho mais e juntar o montante referente ao preço daquele produto.

Corte (mesmo) os custos
No momento você está desempregada, ou perdeu aquele “bico” que engrossava a renda, ou teve o salário modificado pela redução na carga horária. Essas tristes situações, que trazem desespero, hoje são a realidade de muita gente. Mas, por pior que seja, você deve agir com racionalidade e prática. Coloque todos os gastos na ponta do lápis e analise aquilo que pode ser cortado. Mexer no padrão de vida que levamos não é das sensações mais confortáveis, no entanto é necessário, sobretudo frente às turbulências econômicas do país. Vale lembrar que, como qualquer pessoa, empresas e clientes também estão revendo orçamentos e enxugando as despesas.

Prepare-se para emergências
Especialistas recomendam: para viver mais tranquila, sem grandes sustos, é preciso ter uma reserva com o valor equivalente a seis meses de gastos habituais. A indicação está baseada no período médio que uma pessoa leva para se recolocar no mercado, caso perca o emprego. É bom se prevenir. 

Tenha objetivos
Se não possuímos um desejo maior, que nos incentive a guardar dinheiro, a tarefa se torna difícil e chata. Primeiro, porque poupar sem finalidade é desestimulante: parece que estamos apenas nos privando de fazer as coisas. Segundo, porque a tendência a se render a (vários) prazeres imediatos, como comprinhas, é muito maior. Uma viagem, a aquisição de um imóvel ou o intercâmbio do filho são sonhos que despertam mais comprometimento e vontade.

Renegocie quando preciso
Se as coisas já saíram do controle e a sua dívida só cresce a cada mês, não tenha receio de agendar uma reunião com a instituição financeira em questão para negociar. Os credores, em geral, estão abertos ao diálogo, que pode render parcelamentos que se ajustem ao seu fluxo-caixa mensal e até descontos bem sedutores.

Não caia em armadilhas
Em tempos difíceis, consciência é a palavra de ordem. Por isso, cuidado para não ser guiada por impulsos e tentações. Se preciso, questione-se mais de uma vez sobre a real necessidade de adquirir um item. E mantenha os olhos bem abertos para ciladas como “eu mereço”, “eu trabalho tanto” e chamariscos — liquidação, queima de estoque, promoção...

Entenda de investimento
Tudo bem sonhar em adquirir um automóvel. Aliás, quem não compartilha desse desejo? Mas acreditar que isso é uma ótima aplicação, infelizmente, é um erro. “Por definição, um investimento traz retorno financeiro, e um carro só retorna custos e depreciação. Ele é um capital apenas para taxistas ou donos de empresas de transportes”, alertam Carolina Ruhman Sandler e Samy Dana (SP), no livro Finanças Femininas – Como Organizar Suas Contas, Aprender a Investir e Realizar Seus Sonhos (Benvirá). Faça o cálculo sem se esquecer de provisionar combustível, estacionamento, manutenção, seguro, IPVA... E conclua que nem sempre compensa!

Organize-se
A gente tende a acumular coisas. Quer ver só? Reserve algumas horas e realize uma verdadeira limpeza: na despensa, no armário de produtos de limpeza, no guarda-roupa... Você vai ver que armazena itens dos quais nem se lembrava mais e, assim, poderá evitar compras desnecessárias ou repetidas. Dê prioridade aos alimentos que estão próximos do vencimento e recicle looks com peças que estavam abandonadas. Use a sua inteligência financeira!

Anote os gastos para sair do vermelho
Você não aguenta mais ouvir essa dica. No entanto, ela se torna repetitiva porque simplesmente é a única (ou a melhor) forma de você conhecer, de verdade, a movimentação do seu dinheiro, os possíveis erros e excessos e, enfim, colocar as contas em ordem. Hoje, com a existência de aplicativos para computador e celular, é simples, rápido e prático ser fi el às anotações. A boa e velha planilha ou o caderninho de cabeceira ainda são válidos — o que importa é relacionar todas as receitas (o salário líquido, já com os devidos descontos, e as possíveis rendas extras) e TODAS as despesas! Essas, aliás, são divididas em três grupos, memorize:

✔ Fixas
Gastos que ocorrem todos os meses e com o mesmo valor. O aluguel e a mensalidade da sua faculdade ou da escola das crianças são bons exemplos. 

✔ Fixas com valores variáveis
Também são mensais, mas sofrem oscilação no montante, como a conta de água, luz, telefone e gás. 

✔ Arbitrárias
Referem-se a tudo o que não está no planejamento financeiro e que vai surgindo no meio do caminho, como a ida a um restaurante ou à manicure ou a compra daquele vestido lindo. Essas despesas são as mais perigosas, portanto estipule um valor máximo a ser gasto com elas e não extrapole-o. Combinado?