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Você é pessimista sempre?

O pessimismo crônico é um sintoma de distimia. Saiba o que é isso e como tratar

Diane Neubüser Publicado em 13/06/2017, às 12h00 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Pessimismo crônico é o principal sintoma da distemia - Foto Shutterstock
Pessimismo crônico é o principal sintoma da distemia - Foto Shutterstock

Distimia (ou transtorno depressivo persistente), uma depressão de longa duração (mais de dois anos). A doença não costuma ser muito intensa, mas é constante, causando tristeza, desânimo, falta de interesse e dificuldade de sentir prazer nas atividades cotidianas. Sintomas físicos como alterações do apetite, do sono, da libido podem estar também presentes.

Além do pessimismo crônico, a pessoa não consegue sentir alegria em nada do que faz, irrita-se ou reclama frequentemente e transmite uma “energia ruim” no convívio com os outros. O quadro depressivo, apesar de leve, em geral, é crônico, e causa vários prejuízos na vida da pessoa.

Devido a seu início em geral precoce, muitas vezes na adolescência ou na idade adulta jovem, pode ser confundido com a personalidade da pessoa, com seu “jeito de ser”, o que muitas vezes leva ao não-reconhecimento do quadro como uma doença. Assim, a pessoa não procura ajuda. O tratamento, tal como dos demais quadros depressivos, envolve o uso de medicamentos antidepressivos e psicoterapia.

Do ponto de vista da terapia cognitiva (ou terapia cognitiva comportamental, a TCC), o distímico apresenta uma distorção no modo de pensar, sempre com um viés negativo. Este viés negativo envolve três aspectos: a percepção pessimista de si mesmo (“não valho nada”), a percepção sobre o meio social e profissional (“ninguém me valoriza”) e a percepção sobre o futuro (“nada vai mudar”). A proposta da TCC é corrigir essa visão do distímico, fazendo com que o paciente se perceba como estes pensamentos distorcidos prejudicam sua vida. Quando a terapia o faz enxergar o mundo com outros olhos, ele fortalece o pensamento positivo, abrindo espaço para melhora da distimia.

Conteúdo: Prof. Dr. Mario Louzã, médico psiquiatra e psicanalista. Doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha. (CRMSP 34330)