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10 dicas espertas para blindar seu coração

Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. E o número de vítimas entre as mulheres só cresce

Texto: Diane Neubüser Publicado em 21/07/2016, às 08h01 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Confira 10 dicas espertas para blindar seu coração - Shutterstock
Confira 10 dicas espertas para blindar seu coração - Shutterstock
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia indicam que as doenças cardiovasculares matam mais de 350 mil brasileiros por ano. Há cerca de 50 anos, a cada dez pessoas que morriam de infarto agudo do miocárdio, nove eram homens (90%) e apenas uma era mulher (10%). Hoje, porém, a ala feminina já soma quase 50% do total de óbitos.

O fato é que foram descobertas algumas questões próprias do gênero, que contribuem para o desenvolvimento do problema: o aumento do stress associado a artérias coronárias mais estreitas, além do desconhecimento dos sintomas, o que leva à demora na procura de atendimento. Apesar de alarmante, o cenário conta com uma boa nova: um estudo conduzido pela Universidade de Harvard (EUA), com 84 mil mulheres, atestou que modificações nos hábitos de vida podem reduzir em até 80% os casos de males cardiovasculares — o que reforça a importância das atitudes de caráter preventivo. “Fazer exercícios físicos, manter o peso adequado, não fumar e controlar os fatores de risco diminui as chances de infarto e outros problemas, como o acidente vascular cerebral ou AVC”, ressalta o cardiologista Roberto Kalil Filho (SP). Faça mais pelo seu coração — veja como começar hoje!

1. Atente-se à endometriose

Uma pesquisa publicada pela revista Circulation, da Associação Americana do Coração, mostrou que mulheres com essa disfunção apresentam risco de infarto 52% maior. Nas mais jovens (abaixo dos 40 anos), o fator cresce três vezes! Dentre os principais sintomas da endometriose estão cólicas e dores persistentes no baixo ventre, sangramento excessivo na menstruação e incômodo durante a penetração na relação sexual.

2. Mantenha a pressão controlada

Estudos demonstram que aqueles que possuem pressão arterial dentro do limite de 12 por 8 têm um risco 25% menor de sofrer doenças cardiovasculares. Entretanto, mais de 30 milhões de brasileiros são diagnosticados com pressão alta. “Apesar de ser uma questão hereditária em 90% dos casos, fatores como consumo de álcool ou de sal em excesso, obesidade e diabetes tendem a gerar o quadro”, diz Décio Mion, nefrologista do Hospital Sírio-Libanês (SP).

3. Cuide-se mais na menopausa

Nesse período da vida, o organismo deixa de produzir hormônios como o estrógeno, aumentando os riscos cardíacos. “A substância tem um efeito protetor sobre os vasos sanguíneos que irrigam o coração. Estudos revelam que a reposição hormonal não favorece a saúde cardiovascular”, alerta o cardiologista Marcelo Cantarelli (SP). De acordo com pesquisas americanas, uma a cada nove mulheres na faixa dos 45 aos 64 anos de idade tem algum problema cardiovascular. Realizar exames ginecológicos rotineiros e controlar os fatores de risco é ainda mais essencial na fase.

4. Evite o domínio do stress

“Situações estressantes levam à produção de adrenalina e cortisol hormônios que geram arritmias, elevação da pressão arterial e aumento do risco de trombose e coagulação sanguínea. Assim, o organismo fica vulnerável à ocorrência de infarto ou AVC”, conta o cardiologista Alvaro Avezum, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (SP). Encontre uma maneira de equilibrar as emoções, como desenvolver a espiritualidade, fazer atividade física ou psicoterapia.

5. Proteja-se da baixa umidade do ar

“A atmosfera seca dificulta a dispersão de poluentes, que, quando inalados, podem causar elevações significativas na pressão arterial. Além de aumentar a propensão a derrames e infartos (entre pessoas cardiopatas ou com tendência), a hipertensão aumenta as chances do surgimento de coágulos no sangue, tromboses etc.”, comenta Abrão Cury, cardiologista do Hospital do Coração (SP). Por isso, nessas condições climáticas, evite a permanência em locais poluídos. Nada de caminhar, correr ou andar de bicicleta perto de vias congestionadas ou com muito movimento de carros.

6. Cuidado com o H1N1

De acordo com o cardiologista Edgard Ferreira (SP), para pessoas cardíacas, contrair essa doença é ainda mais preocupante, já que ela compromete as defesas do organismo e a capacidade do coração de bombear o sangue. A gripe pode, ainda, acarretar prejuízos ao sistema respiratório e circulatório, causando descompensação cardíaca, arritmias, angina e infarto. Para evitar o contágio, lave sempre as mãos. Cuidados extras que você pode (e deve) ter: não compartilhar objetos de uso pessoal, manter os ambientes arejados e cobrir o nariz e a boca sempre que espirrar ou tossir.

7. Faça checkups

Os males que acometem o coração começam a surgir por volta dos 30 anos. No entanto, pessoas que apresentam histórico familiar ou fatores de risco devem visitar o médico mais cedo. Após a avaliação, o especialista dirá a frequência ideal dos exames para o acompanhamento do caso.

8. Entenda a síndrome do coração partido

Pesquisadores japoneses identificaram um tipo de problema cardíaco causado por situações de stress, tristeza ou choque extremo, como a perda de um ente querido, um acidente ou divórcio. É a síndrome do coração partido (cardiomiopatia de Takotsubo), mais comum em mulheres. A enfermidade interfere na eficácia do bombeamento do coração e pode provocar infartos e outras alterações, portanto requer tratamento. Em 80% dos casos, os principais sintomas são dores no peito e falta de ar.

9. Afaste o frio

“A cada queda de dez graus de temperatura aumenta em 30% a 40% a incidência de complicações cardíacas”, afirma Claudio Tinoco, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj). É que no frio nosso organismo contrai os vasos para impedir a perda do calor, ação que gera sobrecarga no trabalho do coração. Tem mais: as infecções respiratórias, comuns na temporada, agridem a superfície dos vasos sanguíneos, deixando-os mais vulneráveis. Já sabe: agasalhe-se!

10. Atenção no verão

Os dias quentes podem aumentar o risco de infarto em até 10%. “É que a temperatura elevada, ao contrário da fria, favorece a vasodilatação (aumento do calibre dos vasos sanguíneos), que pode provocar mudanças na pressão sanguínea. Além de ficar em locais bem arejados, evite o consumo exagerado de álcool (se beber, mescle com a ingestão de água) e de sal”, recomenda Abrão Cury.