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Babu Santana relembra racismo que sofreu de patroa: "Me impulsiona até hoje"

Em live, o ator relembrou episódio triste de racismo e comentou sobre as manifestações antirracistas pelo mundo

Máxima Digital Publicado em 08/06/2020, às 22h54

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Babu Santana relembra racismo que sofreu de patroa - Instagram
Babu Santana relembra racismo que sofreu de patroa - Instagram

Na noite desta segunda-feira, 8,Babu Santana participou de uma live com Xepa Festival e falou bastante sobre racismo e os movimentos antirracistas que andam acontecendo no Brasil e no mundo.

O ator relembrou seu início na carreira e o fato de ter uma longa lista de personagens bandidos em seu currículo. "Muita gente me criticava 'você só faz papel de bandido'. Era o que estava vindo e o que estava conseguindo desenvolver... O bandido por bandido tudo bem, mas sempre consegui pegar personagens complexos, ser bandido era o menor nos personagens, tinham muita complexidade. No 'Estômago', por exemplo, era um presidiário... Mas a condição social dele era o que menos importava", afirmou durante o bate-papo.

Babu também falou de um caso em que sofreu racismo de uma de suas patroas, quando ainda estava correndo atrás do sonho de ser ator. Não foi a primeira vez que o ator comentou sobre, na casa do Big Brother Brasil 20 ele já havia comentado para os outros confinados episódios com ela.

"Uma vez eu pedi para fazer um teste para entrar no Nós do Morro, minha patroa na época me falou uma coisa muito cruel. Ela perguntou pra que eu queria ser ator se eu era preto, era pobre, estava na favela, se eu era feio. E aquilo me indignou. Uma das coisas que me impulsiona até hoje é a fala daquela mulher. Quero provar que um cara como eu pode ser o que ele quiser", falou.

Sobre as recentes manifestações antirracismo, Babu analisou: "Não existe 'esse momento'. Esse 'momento' vem desde que alguém pegou alguém de pele preta e quis escravizar. Essa luta é desde sempre. Chega ao extremo de um irmão morrer sufocado [ele se George Floyd, homem negro morto ao ser detido por policiais nos EUA] na frente das câmeras para as pessoas se mobilizarem".

"Eu não quero que fique só no discurso, não. Quero ver praticar tudo isso que estão fazendo. Ou vão esperar outra coisa na internet para virar modinha? Isso não pode ser modinha, boom de internet.", acrescentou.

Confira a entrevista:

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