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Famosos / DESABAFO

Com 60 anos, Zeca Pagodinho diz que quer se mudar do Brasil e revela motivo: ''Medo''

O cantor Zeca Pagodinho explicou o motivo de querer sair do país

Máxima Digital Publicado em 21/11/2019, às 08h48 - Atualizado às 13h03

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Zeca Pagodinho revela desejo de se mudar do Brasil - Instagram
Zeca Pagodinho revela desejo de se mudar do Brasil - Instagram

Zeca Pagodinho, de 60 anos, deu uma entrevista recente e revelou que possui paixão por produções antigas da televisão: 

“Também gosto da 'Escolinha do Professor Raimundo', da 'Turma do Didi', 'Os Trapalhões' e das novelas da tarde, como 'O Cravo e a Rosa' e 'Escrava Isaura'. Essas novelas de agora não vejo. Não tem nada bom. Só ensina troço ruim”, afirma.

Com milhões de discos vendidos ao redor do país e no exterior, ele alega que têm trabalho cada vez menos, e entrega o motivo: 

“Nós ficamos órfãos de artistas. Compor para gravar com quem? Para tocar aonde? Dificilmente você ouve música boa em rádio. O mundo ficou muito

O pagodeiro ainda contou que não possui descanso nem mesmo no seu conforto, localizado na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro:

“Faz falta a minha liberdade. Onde posso ir agora? A lugar algum. Só vou à gravadora, no BarraShopping, e já vou direto para o salão fazer as unhas. Tiro uma fotinho ou outra, mas não dá. Depois que inventaram esse negócio de celular com foto é um inferno. As pessoas perderam a noção das coisas. Fui no enterro do [músico] Paulinho Galeto e um cara queria que eu fosse na capela ao lado tirar uma foto com o defunto dele. Perdi a paciência com isso. E quando me pedem para cantar Devagar, Devagarinho? É para pedir para o Martinho [da Vila]”, explica.

Cada vez mais aproveitando os momentos que lhe são proporcionados, Zeca Pagodinho garante tamanho profissionalismo em meio a cansaço: 

“Estou cansado de fazer show, de viajar, é muito chato. Eles [assessoria e empresário] não me deixam [diminuir o ritmo de trabalho]. Vou com aquele humor”, entrega ele, que também trava uma luta contra a morte, devido seu medo: “Pô, quem que não fica? Comigo aqui eles (os filhos) já não andam direito, quando não estiver, então… Vai ver a merda. Mas não tenho medo, não. Tenho pena, cara, de largar esse mundão aqui”, confessa.

Muito bem casado há 33 anos com Mônica, ele já cogitou deixar o Brasil com a família, com medo pela segurança da família. 

“Tenho vontade, mas não consigo esquecer Xerém, o quiosque daqui de frente… Sem Xerém não existo. Começa a panela ferver e a hora que ela apaga aí você entende o que estou falando”, diz. Para ele, a falta de segurança faz com que não frequentasse mais as comunidades cariocas.

“Não vou mais. Morro não tem nem mais tendinha para tomar uma cachaça, comer uma linguiça, cantar um samba e não tem mais macumba boa para ir. Se eu for, vai vir todo mundo falar comigo, vai sair uma foto minha com um cara com metralhadora. Vão dizer que estava com uma metralhadora, vou fazer o quê?”, explica.