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Famosos / Rede de apoio

Duda Reis cria rede de apoio para mulheres vítimas de violência doméstica

Após as denúncias sobre o ex-noivo Nego do Borel, Duda Reis decide criar rede de apoio para vítimas de violência doméstica

Máxima Digital Publicado em 11/03/2021, às 16h28

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Duda Reis cria rede de apoio para mulheres vítimas de violência doméstica - Reprodução/ Instagram
Duda Reis cria rede de apoio para mulheres vítimas de violência doméstica - Reprodução/ Instagram

A atriz Duda Reis decidiu usar as suas tristes vivências para ajudar que outras mulheres não passem pelo mesmo. A atriz criou uma rede de apoio para mulheres vítimas de violência doméstica em seu perfil oficial do Instagram.

Na rede social, com quase 9 milhões de seguidores, Duda disponibilizou um grupo de vídeos sobre violência contra a mulher, machismo e cultura do estupro em sua conta com o objetivo de ajudar mulheres que passaram por coisas semelhantes ao que ela passou.

Para quem não sabe, de acordo com o Instituto Maria da Penha (IMP), estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

"Jamais [imaginei que passaria por isso]. A gente não imagina, né?", disse em entrevista à Glamuor.

"Essas pessoas pegam feridas nossas emocionais que nem sabíamos que existiam e nos dominam através delas. São muitos desejos e coisas não atendidos. Você nem imagina... Quando vê, já está dentro. Não consegue sair. Enfim, muito complexo. Não é como as pessoas falam: 'se você não queria, por que não terminou?'. Não é assim. Você fica dependente emocionalmente da pessoa. O abusador cria um cenário de que a pessoa não tem nada além da relação. Não tem família, não tem amigos. Não tem nada de bom na vida. Somente a relação. Você fica sem fôlego de vida, mesmo. Fica extremamente vulnerável. Quando vê, já está imersa", acrescentou.

A atriz, que está em uma disputa judicial com o ex-noivo Nego do Borel, reforçou a importância de denunciar casos de violência doméstica e interferir no relacionamento para ajudar a vítima quando você algo. 

"A gente não denuncia por medo mesmo. Essa é a questão do abuso. Você não percebe durante, você não percebe desde o início. Se não você nem entraria. É uma violência muito silenciosa", analisa durante a conversa em que também contou que se reaproximou de seus pais, após desentendimentos. "Estamos superbem, estou superfeliz e conectada e próxima com eles. Passamos por um momento difícil, o que lamento. Sou muito sortuda de poder ressignificar isso com eles e com a minha irmã também, tudo junto. Família é isso mesmo", apontou.

Duda revelou que ler o livro "Mulheres que correm com os lobos", da autora Clarissa Pinkola Estés, abriu seus olhos para a busca do autoconhecimento e a importância do acolhimento das vítimas e do feminismo.

"É assim que a gente combate essas coisas: com conhecimento. É clichê, porém é real. O livro me fez ver algo que não entendia muito: como o nosso feminino tem poder. Mudei a chave. Quando estamos conectadas com o nosso feminino, não caímos tanto nas amarras que a sociedade machista cria. Crescemos ensinadas sobre como a mulher precisa estar com o homem, cuidar do homem, aceitar tudo... Não é bem assim".

Duda contou que faz terapia e é acompanhada de médicos, terapeutas e psiquiatras. Além isso, faz ioga e meditação para se conhecer e ter autocontrole. 

"O que eu aprendi é que a gente não tem que aceitar menos do que merecemos. É levantar a voz. É denunciar, sim, quando as coisas acontecem. Briga de marido e mulher tem que meter a colher, tem que meter o faqueiro inteiro. As lutas são reais. Aprendi também meu valor e meu papel social", declarou.