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Famosos / LGBTQI+

Fernanda Gentil conta como foi assumir a sexualidade para os pais: "Chorei, rezei, torci e suei, literalmente"

No Dia Mundial do Orgulho LGBTQI+, a jornalista aproveitou para agradecer à família por todo o apoio

Máxima Digital Publicado em 29/06/2020, às 11h00

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Fernanda Gentil e Priscila Montandon estão juntas desde 2016. - Instagram
Fernanda Gentil e Priscila Montandon estão juntas desde 2016. - Instagram

Fernanda Gentil aproveitou o Dia Mundial do Orgulho LGBTQI+ para falar como se sentiu ao contar aos pais sobre sua sexualidade.

Com um textão sincero, a jornalista emocionou seus seguidores do Instagram, contando que sem o apoio da família teria sido muito difícil, já que na mesma época que se assumiu, começaram a falar sobre a criação da "cura gay".

"No dia do Orgulho LGBTQIA+, deixo para vocês o orgulho de ser filha dos meus pais. Esse depoimento do meu pai no Encontro com Fátima Bernardes, na época em que quiseram inventar a “cura gay”, diz tudo sobre o que pregamos e vivemos aqui em casa. Não recebi uma salva de palmas quando disse que estava apaixonada por uma mulher, e nem vi um sorriso imediato. Também não tentei enfiar goela abaixo e nem me revoltei, só deixei claro que daria sim o tempo deles e viveria isso tendo ou não a “aprovação” deles - afinal de contas, cresci em uma casa onde errado era ter preconceito com pele, cor, classe, raça ou sexualidade (mas confesso, chorei, rezei, torci, e suei literalmente pedindo a Deus que eu não precisasse me afastar da minha família por isso).", iniciou.

"Deu certo. Eles precisaram e usaram muito bem o tempo que foi dado a eles. Só Deus sabe o que pensaram, ponderaram e racionalizaram naqueles dias em que pouco nos falamos. Só eu sei o tanto que refleti para entender que se a gente, que está no olho do furacão - seja lá qual for o seu furacão - precisa de um tempo para elaborar, imagina quem está minimamente fora dele. Não importa se é mãe/pai/marido/mulher/irmão.... o amor que eles sentem pela gente não impede que eles precisem desse tempo. O amor que eles sentem pela gente deveria impedir que eles se afastassem. Na minha família foi assim; o amor impediu que a gente se afastasse. Mas como sei que em milhares de famílias essa não é a realidade, digo para vocês: se o caminho que vocês escolheram foi o do amor, sigam firmes e fortes. E sobre esse caminho, eu tenho mais um depoimento nos meus stories para vocês.", continuou.

A apresentadora também falou sobre o carinho que recebeu do irmão, que não a deixou de lado em momento algum.

"Pai, mãe e Felipe, amo vocês mais que tudo. Obrigada por embarcarem nessa comigo, e confirmarem que vocês realmente praticam tudo o que pregaram para gente em casa. Felipe, nunca disse isso em público, mas acho que isso pode inspirar muitos irmãos de gays por esse Brasil afora. Você me disse: “você é a melhor pessoa que conheço, me diz para onde o seu nariz aponta, e eu vou atrás”. Meu nariz aponta para qualquer caminho que tenha você ao meu lado. Te amo o mundo todo", finalizou a jornalista.

Em 2016 Fernanda se divorciou do ex-marido Matheus Braga, com quem teve um filho, Gabriel. Gentil também é mãe de Lucas, primo que ela adotou quando tinha apenas um aninho.

A apresentadora e a jornalista Priscila Montandon estão juntas desde 2016.

+++Leia Mais: Fernanda Gentil comemora união com Priscila Montandon e se declara: ''Amor da minha vida''

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No dia do Orgulho LGBTQIA+, deixo pra vocês o orgulho de ser filha dos meus pais. Esse depoimento do meu pai no Encontro com Fátima Bernardes, na época em que quiseram inventar a “cura gay”, diz tudo sobre o que pregamos e vivemos aqui em casa. Não recebi uma salva de palmas quando disse que estava apaixonada por uma mulher, e nem vi um sorriso imediato. Também não tentei enfiar goela abaixo e nem me revoltei, só deixei claro que daria sim o tempo deles e viveria isso tendo ou não a “aprovação” deles - afinal de contas, cresci em uma casa onde errado era ter preconceito com pele, cor, classe, raça ou sexualidade (mas confesso, chorei, rezei, torci, e suei literalmente pedindo a Deus que eu não precisasse me afastar da minha família por isso). Deu certo. Eles precisaram e usaram muito bem o tempo que foi dado a eles. Só Deus sabe o que pensaram, ponderaram e racionalizaram naqueles dias em que pouco nos falamos. Só eu sei o tanto que refleti para entender que se a gente, que tá no olho do furacão - seja lá qual for o seu furacão - precisa de um tempo pra elaborar, imagina quem tá minimamente fora dele. Não importa se é mãe/pai/marido/mulher/irmão.... o amor que eles sentem pela gente não impede que eles precisem desse tempo. O amor que eles sentem pela gente deveria impedir que eles se afastassem. Na minha família foi assim; o amor impediu que a gente se afastasse. Mas como eu sei que em milhares de famílias essa não é a realidade, digo pra vocês: se o caminho que vocês escolheram foi o do amor, sigam firmes e fortes. E sobre esse caminho, eu tenho mais um depoimento nos meus stories pra vocês. . Pai, mãe e FELIPE, amo vocês mais que tudo. Obrigada por embarcarem nessa comigo, e confirmarem que vocês realmente praticam tudo o que pregaram pra gente em casa. Felipe, nunca disse isso em público, mas acho que isso pode inspirar muitos irmãos de gays por esse Brasil afora. Você me disse: “você é a melhor pessoa que eu conheço, me diz pra onde o seu nariz aponta, e eu vou atrás”. Meu nariz aponta pra qualquer caminho que tenha você ao meu lado. Te amo o mundo todo. @felipemgentil @marthamachadosoares @mauricio.gentil

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