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Filho de Gésio Amadeu faz desabafo sobre Covid-19 e morte do pai: "Não sabemos o dia de amanhã"

O ator faleceu aos 73 anos após contrair coronavírus e ficar cerca dois meses internado

Máxima Digital Publicado em 12/08/2020, às 12h23

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Gésio Amadeu faleceu em 5 de agosto após contrair coronavírus. - Instagram / Reprodução Globo
Gésio Amadeu faleceu em 5 de agosto após contrair coronavírus. - Instagram / Reprodução Globo

Mário Amadeu, filho do ator Gésio Amadeu, emocionou os seguidores do pai ao fazer um desabafo sobre a morte do pai e o coronavírus. 

No Instagram do ator, o filho publicou nesta terça-feira, 9, um textão falando sobre os momentos que viveu ao lado do artista.

"Meu pai era um cara bem discreto, na dele. Porém, nunca deixou de dar atenção máxima para seus fãs. Até seus últimos dias ele estava lá, pronto para esboçar um sorriso e fazer a vida de alguém mais feliz. Infelizmente em época de pandemia as restrições nos impediram de dar aquele último tchau, de mandar aquela última flor, mas Deus escreve certo por linhas tortas. Acredito que se perguntássemos para meu pai como ele gostaria de ser lembrado, ele provavelmente diria que prefere como uma última memória seu sorriso pleno, seja em seus infinitos personagens ou nos afazeres de seu dia a dia.", iniciou.

"Nós da família pudemos acompanhar de perto seus últimos momentos e vivenciamos o poder devastador desta doença. Ela não somente destrói o doente, como também está destruindo muito de nós como humanidade. A cura não seria somente encontrar uma vacina. Precisamos entender a causa. O que nos trouxe até esse ponto? Cada um vai ter uma teoria, porém já existe um remédio muito eficaz que se chama amor.", continuou.

"Quanto mais amor, vai existir menos ódio. Quanto mais amor, menos intolerância. Mais amor, menos ganância. Teve um dia que eu estava no ônibus com meu pai. Eu era pequeno, uns 12 anos de idade. Estava deitado em seu peito, o sol que entrava pela janela ofuscava a minha vista e me mantinha de olhos fechados. Escutei o grunhido de meu pai que ruminava alguma canção. Aquele momento para mim teve um enorme significado. Eu me senti protegido, me senti amado, em paz. Hoje tento replicar com meus filhos e sinto que eles gostam de deitar em meu peito pelos mesmos motivos.", escreveu.

"Se meu pai estivesse aqui, eu falaria para ele desse momento e diria que por coisas simples assim, eu o amo tanto. Então eu peço, se você sentir no seu coração a vontade de mandar uma flor para o meu pai, e tantos outros, espalhe o amor que você sente. Não o deixe guardado. Não sabemos o dia de amanhã. Meu pai vai sentir o seu gesto e de onde ele estiver, ele vai mandar aquele grande sorriso de volta.", finalizou Mário.

Após contrair o coronavírus e permanecer internado por dois meses, Gésio teve falência múltipla dos órgãos. Diversos artistas homenagearam o ator, entre eles, Fernanda Souza e Aretha Oliveira, que fizeram parte do elenco da novela juvenil Chiquititas ao lado dele.

+++Leia Mais: Fernanda Souza lamenta morte de Gésio Amadeu: "Vou lembrar para sempre do seu sorriso"

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"Meu pai era um cara bem discreto, na dele. Porém nunca deixou de dar atenção máxima para seus fãs. Até seus últimos dias ele estava lá, pronto para esboçar um sorriso e fazer a vida de alguém mais feliz. Infelizmente em época de pandemia as restrições nos impediram de dar aquele último tchau, de mandar aquela última flor, mas Deus escreve certo por linhas tortas. Acredito que se perguntássemos para meu pai como ele gostaria de ser lembrado, ele provavelmente diria que prefere como uma última memória seu sorriso pleno, seja em seus infinitos personagens ou nos afazeres de seu dia a dia. Nós da família pudemos acompanhar de perto seus últimos momentos e vivenciamos o poder devastador desta doença. Ela não somente destrói o doente, como também está destruindo muito de nós como humanidade. A cura não seria somente encontrar uma vacina. Precisamos entender a causa. O que nos trouxe até esse ponto. Cada um vai ter uma teoria, porém já existe um remédio muito eficaz que se chama amor. Quanto mais amor, vai existir menos ódio. Quanto mais amor, menos intolerância. Mais amor, menos ganância. Teve um dia que eu estava no ônibus com meu pai. Eu era pequeno, uns 12 anos de idade. Estava deitado em seu peito, o sol que entrava pela janela ofuscava a minha vista e me mantinha de olhos fechados. Escutei o grunhido de meu pai que ruminava alguma canção. Aquele momento pra mim teve um enorme significado. Eu me senti protegido, me senti amado, em paz. Hoje tento replicar com meus filhos e sinto que eles gostam de deitar em meu peito pelos mesmos motivos. Se meu pai estivesse aqui, eu falaria pra ele desse momento e diria que por coisas simples assim, eu o amo tanto. Então eu peço, se você sentir no seu coração a vontade de mandar uma flor para o meu pai, e tantos outros, espalhe o amor que você sente. Não o deixe guardado. Não sabemos o dia de amanhã. Meu pai vai sentir o seu gesto e de onde ele estiver, ele vai mandar aquele grande sorriso de volta." Mário Amadeu

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