Máxima
Busca
Facebook MáximaTwitter MáximaInstagram MáximaGoogle News Máxima
Famosos / Famosos

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso falam pela primeira vez sobre ataque racista aos filhos: "Muito cruel"

O casal deu detalhes do ocorrido no último domingo, 31

Máxima Digital Publicado em 01/08/2022, às 09h10

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso falam pela primeira vez sobre ataque racista aos filhos: "Muito cruel" - Instagram
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso falam pela primeira vez sobre ataque racista aos filhos: "Muito cruel" - Instagram

No último domingo, 31 Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso falaram pela primeira vez sobre os ataques racistas aos seus filhos, Titi e Bless, em Portugal no último sábado, 30, em entrevista para o Fantástico, o casal deu detalhes de como ocorreu o crime.

 "A gente foi para um restaurante conhecido, que fica na praia.", começou Bruno em conversa com Maju Coutinho.

"Inclusive, é um restaurante que a gente gosta muito de ir, porque a gente sempre encontra muitas pessoas pretas no restaurante. Para os nossos filhos, a gente acha muito importante estarem em ambientes com pessoas pretas.", completou Giovanna.

"E eles estão na praia brincando e, de repente, uma das crianças subiu e falou para gente o que tinha acontecido. E aí a gente ficou chateado, bem chateado. E começou... E vocês viram aquelas imagens.", explicou o ator.

A apresentadora revelou que a mulher racista não estava no estabelecimento: "Ela não estava dentro do restaurante e começou a xingar as crianças e também a família de angolanos que estava lá.".

"O gerente pediu que ela não entrasse e fosse embora, mas ela se negou e começou a xingar algo e ouvimos.", continuou Bruno.

E então foi nesse momento que o ator tomou uma atitude, explicou a loira: "Quando Bruno percebeu o que estava acontecendo saiu da mesa, foi até o gerente com a mulher, mandou chamar a polícia.".

"A gente viu que estava uma movimentação estranha, a família de angolanos estava um pouco recuada, e eu comecei a entender que era algo racial. Estava dizendo muitas coisas. Entre elas, dizendo 'pretos imundos'.", disse.

"'Voltem para a África, para o Brasil', 'Portugal não é o lugar para vocês, vão embora daqui'.", acrescentou o ator.

"A polícia chegou, ela foi presa, retirada. Acho que ela nunca esperava que uma mulher branca fosse combatê-la como eu fui, daquela maneira. Eu sei que eu, como mulher branca, indo lá confrontá-la, a minha fala vai ser validada.", desabafou Giovanna.

"Eu não vou sair com a louca, a raivosa, como acontece com tantas outras mães pretas, que são leoas todos os dias, assim como eu fui nesse episódio.", ressaltou.

"O que será que teria acontecido se fossemos pretos? Será que ela teria sido retirada do restaurante?", refletiu Bruno. "Teria essa atenção toda se fôssemos pais pretos de crianças pretas?", questionou ela.

Muito emocionada, Giovanna disse que foi a primeira fez que sua filha Titi a viu combater o racismo de perto: "A gente fala muito sobre o assunto com eles, mas ela nunca me tinha visto combatendo de frente como foi feito. A Titi ficou assustada. O Bless não percebeu muita coisa, porque estava brincando, mas ela entendeu tudo.".

"É muito cruel pensar que eles têm que ser fortes já com sete e nove anos, que precisam ser preparados e já estão sendo preparados para combater o racismo. São apenas duas crianças, deveriam estar vivendo sem se preocupar com nada, mas já são colocadas nessa situação.", lamentou a atriz.

"A gente sabe que vai acontecer outras vezes, que não tem mais como proteger porque eles estão crescendo. Mas eles estão cercados de pessoas que estão preparadas para combater o racismo.", continuou Bruno.

Ao ser questionada por Maju se teria batido na racista, Giovanna confirmou o ataque, e então seu marido a defendeu: "Minha mulher não agrediu, ela reagiu. Não confunda a reação do oprimido com a violência do agressor.".

Por fim, o casal falou sobre a importância de denunciar os casos de racismo: "Ficar calado é participar, é ser cúmplice. Não finja que não escutou, denuncie, é crime e essas pessoas precisam ser responsabilidades.".