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Famosos / Preconceito

"Senti na pele o preconceito", comenta o humorista Felipe Didone

Felipe Didone trabalha com humor na internet há mais de 4 anos e falou sobre o preconceito que sofre devido seu personagem ser uma mulher

Máxima Digital Publicado em 04/05/2022, às 19h00

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"Senti na pele o preconceito", comenta o humorista Felipe Didone - Divulgação
"Senti na pele o preconceito", comenta o humorista Felipe Didone - Divulgação

O jovem mineiro Felipe Didone trabalha na internet há cerca de 4 anos, ele cria conteúdo em cima de suas personagens em coisas normais do dia a dia de uma mulher, seja falas ou até mesmo situações. O humorista viralizou na web e está presente em várias redes sociais como: Youtube, Instagram, TikTok, Kwai, com apenas 29 anos Felipe acumula milhares de visualizações em seus vídeos.

Dara Sincera, Samara, Irmã Zuleica são os personagens que Felipe interpreta nas redes sociais, mas nem tudo é apenas visualizações, o jovem enfrenta preconceito por ser homem e atuar com personagens femininos.

"Sofri muito preconceito principalmente familiar e no trabalho, as pessoas não viam como um personagem e sim com muito preconceito e machismo, achavam que o fato dos meus personagens ser feminino tinha haver com sexualidade.", disse.

O preconceito e o machismo está por toda parte, todos os dias mulheres são julgadas pela forma que se vestem, que se posicionam, de como levam suas vidas. É um fato super triste, mas é a realidade da mulher hoje, as pessoas julgam, anulam, condenam, simplesmente pelo fato de serem mulheres. Felipe hoje, é criador de conteúdo na internet e todos seus personagens são mulheres.

"Me inspiro em pessoas que vejo nas ruas, e também do meu convívio social. Pego características, jeito e construo meus personagens. Me inspiro sempre em mulheres autênticas, sem medo de falar o que pensa e quem são de verdade. Considero a arte de interpretar personagens o meu maior motivo de felicidade.", falou.

Houve uma época em que Felipe trabalhava como CLT para uma empresa e seus vídeos passaram a incomodar seu gestor e amigos de trabalho, na verdade, o problema nunca foi os vídeos e sim o preconceito e o machismo.

"Meu gestor na empresa chegou a dizer que eu seria demitido se continuasse me vestindo de mulher para gravar vídeos.", desabafou.

Mesmo tomando pancadas e sendo alvo de preconceito, Felipe seguiu com seus vídeos e hoje tem uma carreira sólida como criador de conteúdo na internet.

"Hoje não me importo mais com preconceito e críticas, mas no início foi muito difícil.Sofri muita rejeição familiar e no trabalho, perdi muitas amizades por terem vergonha de serem amigos de um cara que se vestia de mulher para gravar.", contou.

Depois que Felipe ganhou relevância na internet, o cenário teve uma virada e mudou um pouco.

"Tudo isso mudou, atualmente não recebo mais críticas nesse sentido, quando tem vem por pessoas que criam fake para me humilhar na internet, mas eu prefiro ignorar. Mas, senti na pele o machismo que as mulheres sofrem, é muito triste.", finalizou.