Refugiado da Síria, Kaysar contou já ter sido agredido e não ter gostado do cenário da novela
Máxima Digital Publicado em 04/09/2019, às 10h12 - Atualizado às 10h14
Kaysar Dadour, um dos finalistas do ‘BBB18’, destaque da novela das seis da TV Globo ‘Órfãos da Terra’ e da ‘Dança dos Famosos’, do 'Domingão do Faustão', é exemplo de vida e superação.
O ator foi um dos convidados do 'Conversa com Bial' na noite desta terça-feira, 4, e, durante o bate-papo, ele revelou sobre a situação de refugiado e o que lhe motivou a sair da Síria e parar no Brasil:
“Minha casa é o mundo. Saí de lá em 2011, nunca mais voltei. Começaram manifestações na rua, a gente não estava acostumado a ver isso, foi ficando mais perigoso. Os países mais fáceis de eu chegar eram Ucrânia, Rússia ou Bielorrússia. Peguei o visto de estudante e fugi para a Ucrânia”, explicou.
Aos 30 anos, o galã ter sofrido com muito preconceito, além de agressões que não esquece, por conta de fraturas e cicatrizes que carrega no corpo:
“Tinham preconceito contra mim, me prejudicou muito. Eu sou cristão, na Ucrânia tem muitas religiosidades. O povo é bom, mas tem muitos radicais. Na Síria o relacionamento é muito bom entre cristãos e muçulmanos, mas lá não aceitam. Tenho orgulho de ser cristão. Quando viram meu crucifixo, foi muito forte. Surra? Quem me dera. Tenho [fraturas] no corpo todo”, disse.
Kaysar revelou que contou com a ajuda da mãe e do primo para vir para o Brasil, e que ao entrar no set de gravação do Folhetim em que atua, sentiu uma sensação ruim devido o cenário:
“Quando entrei no campo de refugiados, fiquei três dias com dor de cabeça. Quando entrava nas tendas, sentia a dor das pessoas. Lá não tem água, calor, não tem lugar para tomar banho, tratam igual a lixo”, desabafou.
