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LGBT / Sucesso!

Marcela Porto será madrinha de escola de samba: "Vai ter mulher trans na Sapucaí"

A empresária, que ficou conhecida como Mulher Abacaxi, disse que acredita que a folia carioca também é uma celebração da diversidade

Máxima Digital Publicado em 30/11/2021, às 11h00

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Marcela Porto será madrinha de escola de samba - Divulgação
Marcela Porto será madrinha de escola de samba - Divulgação

A modelo e empresária Marcela Porto estará presenta nos desfiles de Carnaval do próximo ano como madrinha da Unidos da Ponte.

Ela, que ficou conhecida como Mulher Abacaxi, disse que acredita que o evento também é uma celebração da diversidade. 

"Vai ter mulher trans na Sapucaí, sim. Tenho orgulho de levantar essa bandeira para todo Brasil. O carnaval do Rio também é uma festa da diversidade, não só sexual, mas de corpos, raças...", falou.

Marcela, que tem uma empresa de transporte de minérios, contou que uma amiga foi quem fez a ponte entre ela e a escola do Grupo de acesso.

"A Tina Bombom disse que a escola queria uma madrinha e me apresentou a eles. Fiquei com medo deles não me aceitarem, mas fui acolhida, sem preconceitos. Quero agradecer muito ao presidente Gustavo Barros por todo carinho e respeito", disse.

A empresária se preparou para o evento! Para fazer bonito na Sapucaí, a ex-funkeira fará aulas de samba.

"Estou um pouco enferrujada, já que estou afastada desde 2017. Quero começar logo as aulas. E que venha o Carnaval 2022, que será o maior de todos", finalizou.

Marcela é a primeira mulher trans a ganhar o posto de madrinha da Unidos da Ponte. Segundo Francisco Dantas, diretor do comitê diversidade da Unidos da Ponte, a representatividade é importante para a comunidade LGBTIA+.

"A presença de representantes em lugares de destaque ou referência fortalece o nosso orgulho e dá voz à comunidade, além de ser uma forma de combater a LGBTIA+fobia. Eu fiquei muito feliz quando o Gustavo me convidou para fazer parte do Comitê de Diversidade da Unidos da Ponte e ajudar na implantação de ações voltadas para comunidade, mas mesmo dentro do meio LBTGIA+ existem ações que excluem a população trans; o que só enfraquece o movimento. Nós tivemos uma mulher trans negra liderando a rebelião de Stonewall que deu origem ao que hoje chamamos de dia do orgulho e trazer pra avenida, como madrinha da escola uma mulher trans, sendo um homem gay, me orgulha da escola e reforça a política de acolhimento, inclusão e respeito que a Unidos da Ponte pratica", disse Francisco.