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Na TV / BBB21

Ex-funcionários do ‘BBB’ processam a TV Globo: “Condições degradantes”

Em entrevista à coluna de Fábia Oliveira, do 'O Dia', um dos profissionais chegou a mencionar que a equipe precisava lidar com cobras, ratos, ouriços e outros animais

MÁXIMA DIGITAL Publicado em 01/03/2021, às 12h08

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Seis ex-funcionários do 'BBB' estão processando a TV Globo por assédio e péssimas condições de trabalho - Reprodução/TV Globo
Seis ex-funcionários do 'BBB' estão processando a TV Globo por assédio e péssimas condições de trabalho - Reprodução/TV Globo

Para que o Big Brother Brasil rode de maneira perfeitinha, sem erros ou deslizes, existe uma grande equipe por trás das câmeras que se esforça muito para manter o reality show nos trilhos. 

De acordo com informações da coluna de Fábia Oliveira, do jornal ‘O Dia’, seis ex-funcionários da TV Globo revelaram que as condições nos bastidores eram péssimas e que também foram vítimas de assédio moral durante suas atividades no ‘BBB’.

Segundo a jornalista, eles moveram um processo contra a emissora, que corre em segredo de justiça e que conta com imagens e depoimentos. Por enquanto, o canal e a LET, prestadora de serviços terceirizada, não foram citadas na ação. 

Em entrevista à coluna, o advogado comentou: “Todos pedem indenização pelas condições degradantes do local de trabalho, em função das condições precárias do local destinado aos câmeras, o chamado Câmera Cross (corredor que fica em volta da casa por trás dos espelhos), que era muito sujo, sem lixeiras, com fios desencapados que davam choque quando chovia. Os autores também tinham suprimido o horário de almoço e ainda trabalhavam de pé por cerca de 9 horas seguidas”, iniciou. 

“Além disso, os autores tinham frequentes contatos com animais, como ouriço, ratos, morcegos, gambás, aranhas, marimbondos e até cobra. Um dos autores já foi picado por uma aranha. Há ainda pedido de assédio moral referente ao tratamento destinado aos autores por um diretor da emissora, que os tratava com desrespeito e grosseria, com gritos e chegando a agarrar dois dos autores pelo casaco. Há ainda pedido de pagamento do intervalo suprimido e também equiparação salarial a outros câmeras que desempenhavam as mesmas atividades, mas recebiam salários superiores", explicou ele para a coluna. 

Washington Santos, que trabalhou em 12 edições do programa, é o profissional que supostamente foi picado por um bicho. Ele revelou que neste período precisou lidar com diversos tipos de animais, alguns deles peçonhentos.  “Rato, ouriço, cobra, aranha, todos esses bichos circulavam entre a gente. Chegamos a ser orientados sobre infestação e pra tomar cuidado com os cabos, porque poderiam ter cobras enroladas neles e a gente poderia confundir, porque o local é bem escuro”, disse. 

Finalizando seu relato, Washington contou ainda que os profissionais do reality foram impedidos de tomar a vacina contra a influenza e que tiveram que usar máscaras usadas. “Nós, prestadores de serviços, nos sentimos muito humilhados. Quando fomos indagar as enfermeiras sobre a vacinação, disseram pra gente que era só pra funcionários e que a gente não tinha direito. É uma indignação que temos por causa da falta de respeito", lamentou.