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Câncer de colo de útero é um dos cinco mais comuns no Brasil

A doença ainda é rodeada de mitos e informações incompletas. Saiba mais sobre o assunto

Texto: Greyce Alvarenga Publicado em 28/05/2015, às 14h53 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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cancer de colo de utero - shutterstock
cancer de colo de utero - shutterstock
Dia 28 de maio é comemorado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. Uma data marcada pela busca de conscientização e cuidados voltados ao público feminino.  Aproveitando a data, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) traz esclarecimentos sobre o câncer do colo do útero, um dos cinco mais comuns no Brasil. 

Segundo a médica patologista Luciana Salomé, diretora da SBP, “estamos falando de uma doença muito comum, mas de evolução lenta, com um período de progressão de cerca de 20 anos. Nesse cenário, temos todas as ferramentas necessárias para um potencial de cura elevado em nosso país: métodos eficientes de diagnóstico precoce e estratégias de prevenção”, afirma a médica.


Rotina de cuidados

Popularmente conhecido como Papanicolau, o exame de rastreamento do câncer do colo uterino é fácil de ser executado. "Trata-se de um instrumento extremamente importante de prevenção e de fácil coleta, já que não requer recursos técnicos sofisticados para sua realização", revela Luciana.  O exame deve ser feito uma vez por ano por mulheres dos 25 aos 64 anos de idade.


Vacinação
A partir dos anos 1980, inúmeras pesquisas revelaram que os dois tipos mais comuns de câncer no colo do útero (carcinoma escamoso invasor e adenocarcinoma cervical) são causados, em grande parte dos casos, por tipos específicos de HPV.  Assim, a instituição de programas de vacinação populacional contra o HPV é um instrumento essencial para o combate desse tipo de câncer. “As duas vacinas disponíveis no mercado têm ação profilática, sendo indicada sua administração em meninas pré-adolescentes, entre nove e 12 anos, antes que iniciem sua atividade sexual”, conta a médica da Sociedade Brasileira de Patologia. 

O médico

“Desde novembro de 2014, uma decisão judicial entendeu que o laudo citopatológico positivo (aquele em que há alterações ou atípicas celulares) é um diagnóstico médico e, como tal, deve ser realizado por um patologista”, explica a médica.

Segundo a diretora da SBP, o patologista não é conhecido por grande parte da população, mas é uma peça-chave para o diagnóstico eficiente dessa e outras doenças: “As pessoas costumam pensar que esse tipo de laudo sai impresso e pronto de uma máquina, o que não é verdade. É um processo que envolve a atuação de um profissional altamente qualificado, que consulta as amostras coletadas minuciosamente para emitir o laudo que guiará todo o tratamento ao qual o paciente será submetido”.