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Saúde e Bem Estar / Esperança

Escócia se torna o primeiro país no mundo a oferecer absorventes menstruais gratuitos para a população

O Parlamento escocês votou de forma unânime a favor do projeto de lei

Máxima Digital Publicado em 25/11/2020, às 14h43

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De acordo com dados, 27% das mulheres no Reino Unido não têm acesso a produtos sanitários - Freepik
De acordo com dados, 27% das mulheres no Reino Unido não têm acesso a produtos sanitários - Freepik

Esta terça-feira, 24 de novembro de 2020, foi um dia marcante para história da Escócia e do mundo: o país se tornou o primeiro do mundo a aprovar um projeto de lei que fornece absorventes para a população de forma gratuita em locais públicos.

A menstruação, apesar de ser fundamental para o corpo feminino, até hoje é vista de forma muito preconceituosa -- mesmo por mulheres, mas alguns projetos ao redor do mundo e discussões promovidas na internet estão tentando acabar com essa imagem arcaica sobre o processo NATURAL do nosso corpo.

Exatamente por isso, o feito de ontem foi tão aclamado por mulheres de todo o mundo. O projeto de lei, votado por unanimidade no parlamento escocês, impõe que todos os 32 conselhos da Escócia precisam garantir itens como absorventes internos e absorventes higiênicos de forma gratuita para qualquer pessoa que precisar. O projeto segue para a sanção da primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon.

Ela, por sinal, comemorou a decisão.

"Tenho orgulho de votar por esta lei inovadora, que torna a Escócia o primeiro país do mundo a fornecer produtos menstruais gratuitos para todas as pessoas necessitadas [...]Uma política importante para mulheres e meninas", disse.

Aileen Campbell, secretária para comunidades e governo local, também pontuou que a lei envia uma "mensagem importante sobre o tipo de país que a Escócia quer ser".

"É uma Escócia [...] onde ninguém tem que passar pela indignidade de usar materiais inadequados para esconder o período ou esticar ainda mais o orçamento familiar para comprar produtos para suas filhas [...] uma Escócia onde ninguém tem que esconder um tampão na manga ", declarou.

Os produtos devem ser disponibilizados também em escolas, faculdades e universidades.

Como aponta uma pesquisa da Young Scot, 27% das mulheres na Grã-Bretanha afirmaram que vivem em situação de pobreza extrema e não têm condições de comprar produtos sanitários. Dados como esse não são frequentemente colocados em foco, mas precisam de muita atenção. Pela falta de higiene, meninas e mulheres podem abrir mão de tarefas importantes e básicas, como ir à escola ou ao trabalho. 

No Brasil

Aqui no Brasil, um projeto de lei semelhante já foi apresentado na Câmara dos Deputados. A deputada Tabata Amaral apresentou uma proposta para garantir a distribuição gratuita de absorventes biodegradáveis em espaços públicos.