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Especialista alerta para doenças transmitidas pelo beijo

Carinhos trocados durante a folia podem deixar de lembrança doenças como sífilis, gengivite e até cárie

Máxima Digital Publicado em 08/02/2018, às 15h11 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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Durante o beijo, trocamos mais de 80 milhões de bactérias  - iStock
Durante o beijo, trocamos mais de 80 milhões de bactérias - iStock

Essa noite eu vou beijar muuuuito! Beijar na boca é tudo de bom, mas não dá para marcar bobeira. A carícia não é tão inofensiva quanto parece.  A sífilis, por exemplo, é uma das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) que passam pela boca. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, os casos da doença cresceram mais de 600% em seis anos. De acordo com Carolina Lázari, assessora médica em infectologia do laboratório Fleury, o beijo também pode ser uma porta de entrada para agentes de doenças infeciosas como herpes e mononucleose.

Sífilis
A sífilis pode ser transmitida pelo beijo se a outra pessoa estiver infectada e com uma lesão ativa na boca. A forma mais comum de contágio, no entanto, é a sexual. Nesse caso, não é necessário que ocorra penetração ou ejaculação, o contato entre mucosas durante as preliminares ou sexo oral já possibilita a transmissão. A doença é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum e pode se manifestar em diferentes partes do corpo, de uma a duas semanas após o contágio.

Herpes
Mesmo que o parceiro não tenha ferida ou indício de herpes na boca, ele pode ter o vírus causador da doença e transmiti-lo. Depois do contágio, o vírus permanece no indivíduo por longos períodos, e pode se manifestar anos mais tarde, de maneira recorrente, geralmente durante fases em que estiver com a imunidade baixa. O herpes pode aparecer como pequenas bolhas na boca, no nariz ou até mesmo em outras partes do corpo.

Mononucleose (Doença do Beijo)
Embora não seja classicamente considerada uma DST, é importante mencionar o risco de mononucleose, também conhecida como “doença do beijo”, uma doença viral que tem uma característica curiosa: depois que a pessoa adquire essa infecção, nunca mais se livra completamente do vírus. Ele fica “morando” na garganta ou nas amígdalas. Os sintomas típicos incluem febre, cansaço, dor de garganta e aumento dos linfonodos do pescoço (ínguas). Podem aparecer também manchas vermelhas pelo corpo, além de aumento do fígado e do baço. Esses sintomas podem durar de duas a três semanas.

Cárie e Gengivite
A ingestão de açúcar em excesso e a falta de higiene bucal são as principais geradoras de cáries, sem dúvidas. Mas essa também é uma doença contagiosa, já que as bactérias causadoras das cáries são transmitidas pelo beijo, assim como os micro-organismos responsáveis pela gengivite (inflamação da gengiva).  Uma boa higiene bucal diária é fundamental para se prevenir nesses casos.

Cuidado, né, gente!
Os beijoqueiros devem ser cautelosos. Caso possuam feridas ou qualquer tipo de sangramento na boca é melhor não beijar ninguém ou, pelo menos, evitar beijar muitas pessoas durante o Carnaval. Lembrando que pessoas com o sistema imunológico mais frágil são mais vulneráveis às infecções. Portanto, durma bem, coma direitinho e beba bastante água durante os dias de folia.