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LGBT / JUSTIÇA

Justiça reconhece mulher trans como herdeira de fortuna de doleiro

Disputa legal expôs uma intricada teia de simulação de transações financeiras e conflitos familiares

Ezatamentchy Publicado em 02/05/2024, às 12h21

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Bruna acionou a Justiça por seus direitos - Reprodução
Bruna acionou a Justiça por seus direitos - Reprodução
Bruna Haber, de 24 anos, obteve uma vitória de destaque no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) após uma prolongada batalha judicial pela herança de seu pai, o ex-doleiro Roger Clement Haber.
A disputa legal expôs uma intricada teia de simulação de transações financeiras e conflitos familiares relacionados ao legado deixado por Roger, um dos doleiros mais proeminentes do país, falecido em 2010. Em sua busca por reconhecimento e equidade, Bruna Haber, que se assumiu como mulher trans em 2011, encarou o desafio de comprovar sua ligação com Roger e reivindicar sua parcela na herança.
O veredicto do recurso apresentado pela família Haber reconheceu a simulação de operações financeiras visando desviar bens para uma empresa controlada pela família, a Zenith, e concedeu a Bruna o direito à posse de uma mansão em Campos do Jordão (SP), avaliada em R$ 8,5 milhões.
A decisão judicial fundamentou-se em evidências como uma gravação de uma conversa entre Bruna e Eduardo Haber, um dos filhos de Roger. Nesse diálogo, Eduardo admitiu que o patrimônio deixado pelo pai é consideravelmente maior do que o declarado no inventário, sugerindo uma movimentação financeira irregular por parte da família.
Por Ezatamentchy