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LGBT / ATUALIZANDO

Projeto musical resgata presença feminina na música

Rachel Cossermelli lança "Fractal Feminino Vol. 1: Dolores Duran" em uma viagem de empoderamento histórico

Ezatamentchy Publicado em 26/04/2024, às 14h37

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Inspiração para o disco surgiu durante os estudos de Rachel - Divulgação
Inspiração para o disco surgiu durante os estudos de Rachel - Divulgação
Para desencadear um feixe de luz sobre o legado de compositoras esquecidas na história da música brasileira do século XX, Rachel Cossermelli lançou o aguardado projeto "Fractal Feminino Vol. 1: Dolores Duran" após três anos de dedicação.
Este trabalho, simbolizando a primeira parte de um projeto mais amplo, visa homenagear artistas femininas que foram invisibilizadas ao longo da história da música brasileira. Concebido de maneira independente, o projeto contou com o apoio de financiamento coletivo e com o próprio trabalho de Rachel como backing vocal.

A inspiração para este disco surgiu durante os estudos de Rachel, quando ela percebeu a escassez de informações sobre a presença feminina na música daquele período. Mergulhando na obra de Dolores Duran, uma figura muitas vezes negligenciada em favor de seus colegas masculinos, Rachel sentiu a necessidade de resgatar sua voz e composições.
O álbum segue uma narrativa de onda, falando sobre um relacionamento por meio da organização das faixas. Dessa forma, o disco abre com "Falsos Amigos", uma canção que fala sobre uma pessoa em um relacionamento apaixonado, mas que não tem o apoio dos amigos. Na sequência, "Por Causa de Você" chega como uma balada mais leve que fala sobre saudade e distância. A terceira canção, "Olha O Tempo Passando" diz muito sobre ver o tempo passar num caminho sem volta. "Se É Por Falta de Adeus" já encaminha a narrativa para um término, onde o desabafo acontece. Por fim, "Fim de Caso" coloca o ponto final nessa história, finalizando o disco com "Estrada do Sol", que fala sobre novos caminhos e um amanhecer depois da tempestade. 
Mari Merenda é a participação ao lado de Rachel em "Estrada do Sol", Loreta Colucci participa de "Falsos Amigos", Zi Vasconcellos chega para "Fim de Caso" e, finalizando, Tamiris Silveira é quem toca o piano tanto em "Estrada do Sol" como também em "Olha o Tempo Passando". Todas as artistas estudaram juntas na faculdade de música, reforçando a parceria e a conexão entre elas.  
"A Mari sempre esteve na minha mente nos três anos que eu tento fazer esse disco acontecer, ela tem uma musicalidade única. Já Loreta, a maneira que ela atua em cima das letras da Dolores foi uma coisa linda de se ver no estúdio. A Zi, amiga querida que acompanha esse projeto desde o começo, trouxe o arranjo das vozes de “Fim de Caso” junto comigo, e a Tamiris é a melhor pianista que eu conheço", diz. 

A capa do álbum, concebida pela própria Rachel, representa visualmente o conceito de fractal presente no título do projeto. Fundindo os rostos de Rachel e Dolores Duran, a imagem simboliza a continuidade e interconexão entre as mulheres que moldaram a história da música brasileira.

Este projeto não apenas celebra o legado de Dolores Duran, mas também destaca a importância de reconhecer e honrar as contribuições das mulheres na música, resgatando suas vozes da obscuridade histórica.
Por Ezatamentchy.