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LGBT / MUNDO

Senado do México diz não à famigerada cura LGBT+

A terapia de conversão foi descrita pelo Senado como uma violação dos direitos humanos da comunidade LGBT+

Ezatamentchy Publicado em 29/04/2024, às 16h54

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Senado mexicano não quer saber de cura LGBT+ - EneasMx/Reprodução
Senado mexicano não quer saber de cura LGBT+ - EneasMx/Reprodução
O Senado do México aprovou na última quinta-feira, 25, projeto de lei que veda a utilização da terapia de conversão sexual em todo o país. Essa forma de tratamento, buscada por algumas famílias na esperança de "curar" ou "corrigir" um ente querido LGBT+ foi rotulada como "pseudocientífica" por organizações do movimento mexicano.
A medida foi aprovada com uma margem significativa de 77 votos a favor, 4 contra e 15 abstenções, conforme comunicado do Senado divulgado em sua conta oficial no Twitter. Segundo o post, o Senado enfatizou a importância de proteger a orientação sexual e identidade de gênero de cada indivíduo, especialmente de grupos vulneráveis como menores, idosos e pessoas com deficiência.

“O Senado aprovou a sanção de terapias que impedem ou anulam a orientação sexual ou identidade de gênero de uma pessoa”, declarou, acrescentando que “há fatores agravantes quando as práticas são feitas com menores, idosos e pessoas com deficiência”.

A terapia de conversão foi descrita pelo Senado como uma violação dos direitos humanos da comunidade LGBT+ e, portanto, foi oficialmente sancionada. Esta não é a primeira vez que o Senado mexicano tenta proibir essa prática, tendo feito uma tentativa anterior em 2022 que não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
Medida foi aprovada com 77 votos a favor, 4 contra e 15 abstenções
A senadora do Movimento Cidadão, Patricia Mercado, uma das proponentes do projeto desde 2018, reiterou que não há nada a ser "curado" ou "corrigido" em relação à orientação sexual ou identidade de gênero. Ela denunciou tais tratamentos como cruéis e desumanos, causando danos significativos.
Os métodos empregados pelos defensores da terapia de conversão variam de aconselhamento psicológico a práticas religiosas e até mesmo terapia de choque, provocando uma forte reação negativa da comunidade LGBT+ ao redor do mundo.
Os provedores dessa terapia agora enfrentarão até cinco anos de prisão, com penalidades mais severas para aqueles que submeterem menores a essa prática. Quanto ao posicionamento do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, ainda não está claro se ele apoia ou não a proibição, segundo reportagem do Washington Blade, jornal LGBT+ mais antigo dos Estados Unidos.
Além do México, outros países como Canadá, Brasil, Bélgica, Alemanha, França e Nova Zelândia também proíbem a terapia de conversão. Nos Estados Unidos, jurisdições como Virgínia, Califórnia e DC já proibiram essa prática para menores.
Por Ezatamentchy.