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Dupla maternidade: Saiba como irá funcionar a gestação compartilhada entre Ludmilla e Brunna Gonçalves

O Dr. Vinicius Bassega explicou como funcionará a gestação de Ludmilla e Brunna Gonçalves

Máxima Digital Publicado em 17/01/2024, às 15h00

Após a revelação do casal formado pela cantora Ludmilla e a bailarina Brunna Gonçalves de ampliar a família, muito tem se falado sobre a FIV, tratamento de reprodução humana assistida considerado de alta complexidade que cresce a cada ano no Brasil.

De acordo com a pesquisa da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA), o nosso país lidera o ranking de fertilização in vitro (FIV), inseminação artificial, transferência de embriões e concentra 40% de todos os centros de reprodução assistida da América Latina.

Existem duas possibilidades de tratamentos reprodutivos, a inseminação intrauterina e fertilização in vitro.

Segundo Dr. Vinicius Bassega, ginecologista e especialista em reprodução assistida, a inseminação é um tratamento de baixa complexidade que consiste na injeção de espermatozoides dentro do útero da mulher próximo ao período fértil, e este tratamento facilita o encontro do óvulo com o espermatozoide, na tentativa de aumentar as chances de gestação.

“Neste caso, a mulher que está realizando a indução da ovulação para a inseminação, é a mesma que vai gestar o bebê. Já na FIV, é possível que haja a gestação compartilhada, caso este seja um desejo do casal”, explicou o especialista.

Em uma entrevista ao Fantástico, Brunna afirmou que o casal vai optar pela gestação compartilhada, em que o óvulo da Ludmilla será utilizado para realizar a fertilização in vitro e formar o embrião, sendo posteriormente transferido para o útero da Brunna.

“O processo funciona da seguinte maneira: uma das parceiras faz a estimulação ovariana, utiliza medicações para fazer o crescimento dos folículos - estrutura que contém os óvulos - e no momento exato determinado pelo médico, será realizada a coleta dos óvulos. O procedimento é feito em ambiente cirúrgico, sob sedação e guiado por ultrassom. O líquido de cada folículo é aspirado e a embriologista avalia o número de óvulos coletados, os óvulos classificados como maduros serão integrados ao espermatozoide do doador dentro do laboratório. Somente quando os embriões estiverem prontos, no estágio de desenvolvimento embrionário final, ele poderá ser transferido para o útero da outra parceira”, completou Dr. Vinicius.

Segundo o especialista, neste procedimento o bebê não carregará o DNA das duas mães. “Mas devemos ressaltar que a mãe que está gestando também exerce influência sobre o bebê em desenvolvimento, o que chamamos de epigenética. Isso quer dizer que a mulher que gera o embrião formado com o óvulo de sua parceira, irá influenciar na expressão ou inexpressão de determinados genes - durante aquele período de vida fetal intrauterina. Desta forma, ambas podem participar do período gestacional deste bebê”, afirma o médico.

Dr. Vinícius destacou ainda que, para que as duas mães possam partilhar seus DNAs com seus filhos, uma outra gestação, em que os papeis sejam invertidos, é indicada.

 
 
Brunna Gonçalves Ludmilla Vinicius Bassega

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