O câncer de pele é o tipo da doença mais comum no país e, só em 2016, atingiu 175 mil pessoas, segundo dados do Inca - Shutterstock

7 Mitos e verdades sobre o câncer

Acesso à informação contribui para que pacientes lidem mais facilmente com a doença

Gabriella Gouveia Publicado em 04/02/2017, às 13h00 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

O câncer causa temor e gera uma série de dúvidas em quem recebe o diagnóstico da doença. Só em 2016, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou mais de 600 mil novos casos no Brasil. Considerando o número crescente de casos, é preciso discutir o assunto, espalhar e facilitar o acesso à informação para que o tumor seja identificado o quanto antes e o tratamento seja efetivo. “O paciente chega em nosso consultório assustado e cheio de dúvidas, justamente, porque muito se fala por aí, mas nem tudo é verdade. É comum relacionarem erroneamente a enfermidade ao fim da vida e isso impacta diretamente na aceitação da doença e nos resultados do tratamento”, afirma Bruna Bonaccorsi, radio oncologista da CTR – Centro de Tratamento Radioterápico da Cetus Oncologia.

A médica explica que a palavra câncer é responsável por denominar diversas doenças distintas, cada uma delas com suas peculiaridades, sendo que todas têm em comum o crescimento desordenado das células. A especialista esclarece alguns mitos e verdades sobre a doença:

O câncer é contagioso?

Mito. A doença não pode ser transmitida entre indivíduos. “Existem alguns tipos da patologia que são causados por vírus, mas apenas uma minoria dos infectados pelo vírus irão evoluir para o câncer”, explica a médica.

Todo tumor é câncer?

Mito. “O tumor se caracteriza pelo aumento do volume em uma parte do corpo que ocorre devido ao crescimento do número de células, denominado como neoplasia, e pode ser benigno ou maligno”, afirma a médica Bruna Bonaccorsi. Os tumores benignos possuem limites e localização específica, já os malignos, estes sim denominados câncer, surgem a partir do crescimento desordenado das células e possuem potencial de invadir outras partes do corpo.

Tabagismo contribui para todo tipo de câncer?

Verdade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é considerado a principal causa de morte que pode ser evitada. Engana-se, porém, quem pensa que causa apenas câncer de pulmão, ele também aumenta o risco de diversos tipos de câncer da região da cabeça e pescoço, além de ser um dos principais fatores de risco de tumores na bexiga e levar a doença a outras partes do corpo. “Lembrando que mesmo aqueles que não possuem o vício, precisam estar atentos para não se tornarem fumantes passivos e, consequentemente, terem mais chances de ter a doença”, ressalta.

Todo câncer é fatal?

Mito. Receber a notícia de que se tem câncer é desesperador e muitos, associam a doença a ideia da morte. Porém, não deve ser assim. Vários tipos de câncer possuem cura, em especial, se for diagnosticado em estágio inicial. Apenas o profissional que está acompanhando o caso pode avaliar riscos e chances de cura.

Câncer não tem idade?

Verdade. O câncer pode aparecer em crianças, adolescentes, adultos e idosos. “Por se tratar de uma doença ligada a fatores cumulativos, as estatísticas mostram maior incidência em pessoas com mais de 40 anos, mas ocorrem milhares de casos durante a infância e juventude”, pontua a radio-oncologista.

O câncer de pele é o mais comum?

Verdade. Atualmente, o câncer de pele é o tipo da doença mais comum no país e, só em 2016, atingiu 175 mil pessoas, segundo dados do Inca. Por isso, anualmente, no mês em que começa o verão, ocorre a campanha do Dezembro Laranja para alertar sobre a necessidade da prevenção e de se ter cuidados com o maior órgão do corpo. O fato de o Brasil ser um país tropical faz com que a incidência de raios UV seja intensa o ano todo, por isso, é preciso estar sempre atento aos cuidados com a saúde da pele.

Pintas e sinais na pele podem virar câncer?

Verdade. Normalmente, o câncer de pele apresenta formas de manchas rosadas, pintas pretas/ castanhas ou feridas. Elas podem surgir em diversas regiões do corpo, porém, locais mais expostos ao sol, como orelhas, pescoço, face, couro cabeludo, ombros e costas, têm incidência mais frequente. Caso apresente coceira, mudança da coloração da pele, bordas irregulares, aumento de tamanho ou sangramento é preciso procurar um especialista.

 

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