Mamas muito densas dificultam a interpretação da mamografia - Shutterstock

Mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de ter câncer de mama

Histórico de câncer de mama na família é um fator de risco muito importante quando o assunto é prevenção. Mas quem tem mamas densas também se encaixa no grupo de risco e deve ser acompanhada de perto por um ginecologista

Andrea Soares Publicado em 09/10/2017, às 09h00 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

Apesar das campanhas internacionais, os casos de câncer de mama não param de crescer. As causas? Aumento da expectativa de vida, sedentarismo, obesidade, consumo elevado de álcool e até o adiamento da maternidade para depois dos 40. De acordo com Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Premium (SP), acrescentar informações sobre a densidade mamária nos laudos das mamografias acaba resultando num melhor modelo de prevenção, já que mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama. O problema é que a densidade (principalmente nos níveis três e quatro) tende a dificultar a interpretação das imagens. “É difícil diferenciar o que é tecido altamente denso de um tumor. Os avanços da mamografia nos últimos anos, quando passou de um simples exame em filme para um exame digital e, mais recentemente, para um exame em três dimensões (tomossíntese), caminham para aumentar a detecção de tumores cada vez menores. Ao lado disso, a ultrassonografia e a ressonância magnética também contribuem para encontrar alterações no meio do tecido denso”, explica ela.

Calcificações também são um problema
Outro ponto que gera dúvidas de interpretação são as calcificações. Elas fazem parte de muitos processos da mama. Algumas são malignas, outras não. Por isso, muitas vezes é necessário realizar imagens adicionais na mamografia ou ainda uma biópsia para chegar a um diagnóstico definitivo. “A mamografia tomográfica costuma aumentar em até 30% a detecção do câncer de mama, já que permite enxergar o tumor numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas. Porém, em situações especiais, em pacientes de alto risco, ou quando persistirem dúvidas, esses outros exames devem ser realizados”, diz Vivian. 
A especialista afirma que, ao serem chamadas para repetir o exame, as mulheres não devem temer nem sofrer antecipadamente. “Entre 5% e 15% das pacientes costumam receber uma chamada para imagens adicionais. Não significa que têm câncer de mama, mas que por algum motivo as imagens não estão bem claras. Estudos apontam que pacientes entre 40 e 49 anos possuem 30% de chances de ter um resultado falso-positivo num período de 10 anos”, conclui a médica. 

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