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Tudo sobre incontinência urinária

Máxima Digital Publicado em 27/11/2015, às 17h00 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

TRUQUE: Beber café para secar as reservas de urina do corpo 
VERDADE: O café pode apresentar efeito diurético, por isso algumas pessoas recorrem a ele antes de sair para viagens longas, por exemplo. O problema dessa tática é que os efeitos não são controláveis. “A cafeína tende a exercer um estímulo direto na bexiga levando a um desejo repentino de urinar”, diz o urologista Marcos Lucon (SP). Daí, o esvaziamento pode ser imprevisível. Como a sensibilidade não acontece para todos, é importante fi car atenta à maneira como o seu corpo reage. Se notar aumento importante das micções após o consumo, restrinja-o a uma ou duas xícaras.

TRUQUE: Investir em refeições coloridas e ricas em fibras
VERDADE: Encontradas em frutas, legumes, verduras e grãos integrais, as fibras combatem a incontinência associada à constipação. “O reto se localiza perto da bexiga e tem algumas inervações em comum. Fezes compactadas e constipadas podem provocar hiperatividade da bexiga e aumentar a frequência urinária”, esclarece Marcos. Outra questão: quando as fezes ficam muito ressecadas e é preciso muito esforço para evacuar, pode ocorrer, ao longo do tempo, o afrouxamento dos músculos do assoalho pélvico, tornando-os menos eficazes na retenção urinária.

TRUQUE: Pular na água gelada para tonificar a bexiga
VERDADE: Realmente um mergulho na piscina fria contrai a bexiga. Na verdade, o choque causado pela temperatura baixa provoca contração nos músculos do corpo todo. No entanto, a reação é breve e não pode ser inteiramente controlada. “A situação muscular irá regredir imediatamente para o normal quando você for exposta à temperatura ambiente”, observa Cássio. O truque, portanto, é ineficaz já que não controla a micção. Ao contrário: pode estimulá-la. Quando o órgão é pressionado ele libera a urina na uretra para que ela seja eliminada.

TRUQUE: Adotar a técnica de visualização da flor
VERDADE: Quem sofre de incontinência deve conhecer o kegel, grupo de exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, que podem ajudar a evitar as perdas de urina involuntárias. Há quem garanta que unir a prática à técnica de visualização garante resultados mais satisfatórios. Funciona assim: identifique os músculos envolvidos no processo de retenção de urina, feche os olhos e contraia-os enquanto imagina que sua vagina é uma flor e que as pétalas estão se fechando. Em seguida, relaxe a musculatura visualizando a abertura das pétalas. Faça dez repetições três vezes ao dia. “A utilização de um referencial imaginário facilita muito o aprendizado e a execução do exercício”, afirma Lelah Monteiro (SP), fisioterapeuta urológica e uroginecológica. Mas atenção: não realize os movimentos com a bexiga cheia ou enquanto estiver urinando. “Nessas situações, as manobras causam dor e são menos efetivas, pois há a sobrecarga do peso da bexiga”, alerta Lelah.

TRUQUE: Limitar, ao máximo, a ingestão de líquidos
VERDADE: Mas beber menos água, apesar de parecer uma solução óbvia, não é recomendável. “O corpo humano precisa do líquido para seus sistemas funcionarem em harmonia”, destaca Cássio Andreoni, chefe da disciplina de urologia da Universidade Federal de São Paulo e professor da Escola Paulista de Medicina. Ao restringir o consumo de líquidos a urina fica concentrada, o que pode ser um fator irritante para a bexiga, aumentando os episódios de urgência para a micção e, consequentemente, acidentes desagradáveis. Beba, pelo menos, 2 litros de água diariamente. Para saber se está se hidratando corretamente cheque a cor da sua urina: se estiver escura, é preciso beber mais água. O tom ideal é o de uma limonada fraca.

Origem da incontinência 
Na maior parte dos casos, o problema ocorre devido ao enfraquecimento da musculatura pélvica. O aumento da bexiga — que acontece quando a pessoa está com excesso de peso —, a gravidez, o parto e as mudanças hormonais na menopausa são outras causas possíveis. Traumas na coluna, problemas neurológicos, doenças crônicas (como o diabetes), o uso de alguns remédios e até o tabagismo também aumentam o risco. Isso sem falar do avanço da idade, que diminui a capacidade de controlar a vontade de urinar. A indicação do tratamento dependerá do quadro: podem ser usados medicamentos associados à fisioterapia ou, em casos específicos, intervenção cirúrgica. O mais importante é procurar um especialista ao menor sinal do problema. O diagnóstico e o tratamento precoce aumentam as chances de sucesso contra o pinga-pinga.

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