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Ginecologista analisa benefícios da placenta para os bebês em grávidas que tratam câncer

Dr. César Patez comentou sobre a situação após Ed Sheeran revelar que sua esposa foi diagnosticada com um tumor durante a gestação

Máxima Digital Publicado em 06/04/2023, às 14h30

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Ginecologista analisa benefícios da placenta para os bebês em grávidas que tratam câncer - Freepik
Ginecologista analisa benefícios da placenta para os bebês em grávidas que tratam câncer - Freepik

Recentemente, o cantor Ed Sheeran revelou que sua esposa, Cherry Seaborn, foi diagnosticada com um tumor durante a gestação de sua segunda filha. Segundo ele, ela não poderia passar por nenhum tratamento até o parto. O Dr. César Patez, ginecologista, analisou que o tratamento pode ser feito, mas que precisa ser em um momento determinado: “É preciso ter cautela”.

Os casos são raros e não estão ligados diretamente à gestação, mas podem acontecer. Segundo o Dr. César, o tratamento de quimioterapia deve ser realizado após o segundo trimestre e evitado após as 35 semanas: “Pode haver uma diminuição de células sanguíneas da mãe, o que acaba predispondo a ter hemorragias durante o parto”, analisa. “Por isso, é importante respeitar esse período”, ponderou.

Dr. César citou que há, sim, alguns riscos para a mãe e para a criança: “Podem surgir efeitos desde psicológicos a imunossupressão, malformação fetal, prematuridade, restrição do crescimento fetal, baixo peso ao nascer, cardiotoxicidade materna, pré-eclâmpsia e alguns outros”, alertou o médico ginecologista.

Se a quimioterapia já não é um tratamento fácil, para uma mulher grávida se torna ainda mais difícil. Dr. César citou que alguns efeitos que podem surgir são fadigas, perda de cabelo, náuseas e vômitos, ressecamento de mucosas e pele, perda de apetite, constipação intestinal, diarreia, sangramento ou hematomas: “É difícil, realmente, mas há todo um suporte para a gestante passar por esse período”, assegurou.

Além do suporte médico, ele diz que o próprio corpo humano já trabalha para isso: “A placenta fornece proteção imunológica ao bebê para diminuir o índice de toxinas, além de produzir hormônios essenciais, fornecer oxigênio e eliminar resíduos como o dióxido de carbono”, diz o especialista em endometriose, que cita leucemia, linfomas e melanoma como alguns dos tipos de câncer que podem ser transferidos para o bebê: “Mas é algo muito raro. Faço questão de lembrar isso”, finalizou.