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Erika Hilton e Duda Salabert rebatem fala transfóbica de deputada: “Nós queremos espaços dignos na sociedade"

Durante a audicência da Comissão da Mulher a deputada Coronel Fernanda teve falas transfóbicas

Máxima Digital Publicado em 08/09/2023, às 13h00

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Erika Hilton e Duda Salabert rebatem fala transfóbica de deputada: “Nós queremos espaços dignos na sociedade" - Instagram
Erika Hilton e Duda Salabert rebatem fala transfóbica de deputada: “Nós queremos espaços dignos na sociedade" - Instagram

Durante a audiência do último dia 30 na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, a deputada Coronel Fernanda afirmou que mulheres trans estão roubando o "lugar" da "mulher de verdade".

Além disso a parlamentar alegou que as mulheres cisgênero não deveriam disputar espaço com mulheres transgêneros.

Erika Hilton, que ao lado de Duda Salabert compõe a primeira bancada trans no Congresso, não hesitou em responder ao discurso da deputada. A parlamentar, membro da comunidade LGBTQIAPN+, disse que falas como a da Coronel são as razões pelas quais mulheres transsexuais não foram representadas no Congresso Nacional historicamente.

“Nós queremos espaços dignos na sociedade. Nós queremos nosso direito à cidadania. Nós queremos o nosso direito à vida. Nós queremos andar nas ruas com as nossas cabeças erguidas sem medo de sermos mortas, violentadas, ridicularizadas, estupradas, pelo simples fato de sermos quem somos”, disse Erika.

Hilton afirmou que discursos violentos e discriminatórios não serão aceitos na Câmara dos Deputados. Além de Erika, Duda Salabert também se posicionou durante o debate e apontou os dados da realidade do Brasil, sendo o país que mais mata travestis e transexuais no mundo.

Duda ainda enfatizou que a humanidade da comunidade trans continua sendo negligenciada pela sociedade, contrapondo a noção de competição insinuada pela deputada Fernanda e esclareceu ainda que a luta das mulheres trans é, antes de tudo, pela dignidade.

A deputada Fernanda Melchionna também afirmou que “a Comissão da Mulher não pode aceitar calada uma violência transfóbica”, e chamou a atenção da presidente da Câmara para não aceitar a naturalização da transfobia e cobrou uma atitude dos superiores.