Máxima
Busca
Facebook MáximaTwitter MáximaInstagram MáximaGoogle News Máxima
LGBT / PSI

Grupo de Apoio tenta reverter liderança do Ceará na violência contra LGBT+

Travestis, transexuais e pessoas não-binárias encontram escuta e acolhimento comunitário

Ezatamentchy Publicado em 24/04/2024, às 16h11

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Encontros na Biblioteca dão apoio à população T - Divulgação
Encontros na Biblioteca dão apoio à população T - Divulgação
A Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual de Fortaleza realiza mensalmente, por meio do Centro de Referência LGBT Janaína Dutra, o Grupo de Apoio e Convivência para Travestis, Transexuais e Pessoas Não-Binárias com intuito de oferecer escuta e acolhimento comunitário. O encontro de abril foi realizado no último dia 16, e o próximo será em 14 de maio, sempre na Biblioteca Dolor Barreira, no Benfica, aberto e sem necessidade de inscrição.
Mediado por psicóloga e educadora social, o grupo é destinado a pessoas que não se identificam com o gênero biológico em que nasceram, sejam travestis, transexuais ou não binárias. Nos encontros, é possível compartilhar as vivências e oferecer suporte mútuo.
De acordo com a psicóloga do Centro de Referência LGBT Janaína Dutra, Lutiana Melo, o grupo aplica a escuta comunitária como forma de propiciar espaço seguro de diálogo e afirmação de identidades.
“Através das trocas das experiências e vivências trazidas pelos partilhantes há a construção de vínculos, em prol de uma coletividade, que busca atravessar estigmas, preconceitos e violências sofridas por essa população. De forma solidária, buscamos o reconhecimento e afirmação dessas identidades e a superação de obstáculos e desafios de forma empática e coletiva. Propiciar esse espaço seguro de escuta é fundamental na constituição de fortalecimento individual e coletivo, facilitando aos participantes o protagonismo de suas histórias”, afirma a psicóloga.
Segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, o Ceará é o Estado mais violento para pessoas LGBT+. Com o registro de 32 assassinatos de pessoas em 2022,  lidera o ranking nacional de violência de gênero.
Os Grupos de Apoio são formas de intervir com suporte psicossocial a grupos que convivem diariamente com o preconceito e a violência. Além da psicologia comunitária, o Centro de Referência LGBT Janaína Dutra oferece atendimento individualizado gratuito.
Andrea Rossati, gestora da Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual, órgão vinculado à Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, explica que o Grupo de Apoio foi criado para dar suporte às pessoas que apresentam diversos prejuízos à saúde mental, devido aos estigmas que lhes são associados, por conta do preconceito e discriminação à sua orientação sexual ou identidade de gênero.
“As pessoas sofrem devido à falta de respeito, discriminação, violência e rejeição, que muitas vezes começa no seio familiar. Esses preconceitos contribuem para o surgimento de comportamentos depressivos, ansiedade, medo e tentativas de suicídio. O poder público de Fortaleza tem o dever de ajudar a população LGBTQIAPN+ a se cuidar do seu emocional para enfrentar os desafios e preconceitos ainda existentes”, explica a coordenadora.
Confira o calendário de 2024
Datas (sempre às terças-feiras):
- 14 de maio
- 11 de junho
- 9 de julho
- 13 de agosto
- 10 de setembro
- 8 de outubro
- 12 de novembro
Horário: 18h
Local: Biblioteca Dolor Barreira (Av. da Universidade, 2572 - Benfica)
Centro de Referência LGBT Janaína Dutra: Rua Guilherme Rocha, 1469 - Centro
(85) 9 8970-462 1
A programação está sujeita a alterações; interessades podem entrar em contato com o Centro de Referência
Por Ezatamentchy.