No Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, o cantor pernambucano refletiu sobre o impacto da arte e da música na luta por direitos e inclusão
“Ninguém vai poder nos dizer como amar”, expressa Johnny Hooker em “Flutua”, uma das músicas mais representativas da comunidade LGBTQIAPN+. No Dia do Orgulho, celebrado na última sexta-feira (28), o cantor e compositor pernambucano ressaltou a importância da representatividade.
Ao longo de suas duas décadas de trajetória artística, Hooker reconheceu o poder da arte em conectar pessoas. “Desde quando comecei minha carreira, identifiquei que o meu público era jovem, LGBTQIAPN+ e com um discurso político forte. Entendi que através do meu trabalho eu podia e precisava dar a mão para eles. Acredito que juntos somos mais fortes”, afirma.
Para o artista, a música vai além da expressão artística, sendo um instrumento de resistência e transformação social. “É uma maneira de dar voz àqueles que muitas vezes são silenciados e de criar um espaço onde todos possam se sentir vistos e ouvidos. Ao compartilhar minhas experiências e lutas através da música, busco inspirar outras pessoas a se unirem em busca de mudanças positivas”, explica Hooker.
Johnny destaca a importância de transformar seus shows em locais de acolhimento e liberdade para seus fãs. “Quando estou no palco ou lançando uma música, me sinto parte de um movimento de resistência e, por mais que possa parecer clichê, isso, para mim, é o verdadeiro sentido da representatividade. Mesmo enfrentando desafios em um país onde LGBTs são constantes alvos de violência, permanecemos unidos pelo poder da música e da arte, e isso é algo que ninguém pode nos tirar”, declara.
