O Museu das Favelas, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, anuncia a exposição 'Funkeiros Cults'. A partir de 12 de julho, Dia Nacional do Funk, a mostra ocupará pela primeira vez um dos andares superiores do museu, trazendo uma abordagem artística contemporânea da cultura do funk.
A exposição levanta questões como os caminhos percorridos por um livro até chegar nas mãos de um favelado, o impacto do funk na autoestima da juventude e o poder de criação na periferia. O coletivo Funkeiros Cults abordará a arte e o cotidiano da periferia de Manaus, sob curadoria de Dayrel Teixeira e co-curadoria de Leandro Mendes, do Núcleo de Educação do Museu das Favelas.
“Estamos felizes em compartilhar a abertura da exposição ‘Funkeiros Cults’, que dá protagonismo ao funk e explora diversas questões do cotidiano da juventude periférica. A ocupação será uma oportunidade para o público ter um novo olhar sobre a cultura do funk, partindo da união entre arte e periferia de forma autêntica”, celebra Natália Cunha, diretora do Museu das Favelas.
Organizada em quatro eixos, a mostra traz "Território", que explora a vida cotidiana na periferia de Manaus; "Arte", com recriações de pinturas clássicas utilizando a estética do funk; "Identidade", apresentando o funk como estilo de vida; e "Literatura", que sintetiza passagens literárias icônicas em imagens com estética jovem periférica. O público poderá conferir obras inéditas em grandes formatos e vídeos produzidos pelo coletivo, além de um cenário instagramável para conexão com o universo dos Funkeiros Cults.
No dia 7 de julho, Dia Estadual do Funk, o Museu das Favelas estará na Expo Favela com atividades integradas à comemoração. Haverá uma prévia da exposição na feira, organizada pela Central Única das Favelas (CUFA), promovendo encontros com investidores para acelerar empreendimentos das favelas.
A programação inclui o Papo Reto "Funk: Música e Identidade" às 14 horas, com Bruno Ramos, Rubia Mara e Thiagson. Às 15h30, ocorrerá o lançamento do livro "Tudo o que você sempre quis saber sobre Funk… mas tinha medo de perguntar", de Thiagson, com mediação de Fabin Santin.
A página Funkeiros Cults ganhou projeção nacional por suas postagens nas redes sociais, que conectam obras clássicas ao cotidiano das periferias. "A exposição surge da necessidade de registrar as periferias e seu cotidiano, mostrando como a arte influencia a margem da margem e serve de bússola para nossa juventude. Ter uma exposição no Museu das Favelas dá uma sensação de pertencimento", explica Dayrel Teixeira.
“Acreditamos no potencial transformador que surge do diálogo e das narrativas de quem vive e cria nas favelas do Brasil. O coletivo Funkeiros Cults traz para São Paulo o dia a dia da periferia de Manaus, com uma exposição autêntica que rompe a bolha do imaginário coletivo e convida o público a conhecer uma realidade além dos estereótipos”, afirma Ricardo Piquet, diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).
Por Ezatamentchy 
