Luciana Garbelini, dermatologista e especialista em cosmiatria, explicou os cuidados necessários para proteger a pele dos pequenos
Máxima Digital Publicado em 19/09/2020, às 12h00
O Brasil está entre os maiores mercados de cosméticos infantis no mundo, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para ajudar os pais na hora da escolha cautelosa de produtos para crianças entre 3 e 7 anos, dermatologista especialista em cosmiatria Luciana Garbelini, deu algumas dicas fundamentais que podem evitar dores de cabeças futuras.
Confira!
Atenção ao rótulo
De acordo com a profissional, cosméticos para adultos e crianças não são todos iguais. “A pele de uma criança não tem as mesmas necessidades do que a adulta. Por isso, optar por cosméticos específicos para essa faixa etária e que respeitem essa fase da vida, com ingredientes que não irão causar problemas à pele da criança, é fundamental. E, embora esse cuidado pareça óbvio, a falta de atenção ao rótulo pode acabar levando a criança a ter problemas sérios na pele”, explicou a especialista.
Entenda a fórmula
Ftalatos, silicones, petrolatos, sulfatos, fragrâncias sintéticas, parabenos, óleos minerais e corantes costumam ser comuns em cosméticos, incluindo os infantis. Porém, é necessário cuidado e atenção na hora de escolher um produto que possua um ou mais desses componentes.
“Empresas que atendem o público infantil precisam seguir algumas exigências da Anvisa a fim de protegerem a pele da criança. No entanto, isso não significa que a pele não apresentará problemas. Por isso, se identificar qualquer um desses ingredientes, fique atento, e se puder evitar tais produtos, faça isso. Essa escolha pode minimizar quaisquer riscos à saúde da pele da criança”, disse.
Além disso, Luciana reforçou que o fato de a criança não ter apresentado uma sensibilidade visível na pele, não significa que tal produto não esteja fazendo mal para a sua saúde. “Existem casos em que a alergia se apresenta de outras maneiras, como em espirros, por exemplo, demorando um tempo maior para se manifestar na pele”, esclareceu.
Pense a longo prazo
A pele é o maior órgão do corpo humano, por isso exige cuidado e atenção como os demais. “É normal os pais vigiarem o que as crianças comem para evitarem problemas de saúde. Com a pele não é diferente. Nós a alimentamos com o que passamos sobre ela. Por isso, é importante que a pele da criança, ao se tornar adulta, reflita os cuidados que os pais tiveram com a escolha dos cosméticos”, constatou Luciana.
Cosméticos orgânicos para crianças
A pele possui memória e acumula, no decorrer dos anos, todos os cuidados – ou a falta deles – causando um reflexo positivo ou negativo na saúde futura. Por isso, desde bem cedo, alimentá-la com cosméticos livres de petrolatos e substâncias similares, protege a criança para que a sua pele se desenvolva saudável.
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