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Dia do Orgasmo

Dia do Orgasmo: O que toda mulher precisa saber

Em comemoração ao Dia do Orgasmo, a especialista em saúde íntima Mariana Betioli deu dicas que podem favorecer o prazer

Máxima Digital Publicado em 31/07/2023, às 12h00

Você sabe o que te excita? Onde fica o ponto g? A masturbação é uma prática comum do dia a dia? Já teve um orgasmo? Muito provavelmente, para a maioria das mulheres a resposta para as perguntas anteriores é não. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, por exemplo, aponta que 40% das mulheres ainda não se masturbam. A falta de informação, de fontes confiáveis e os tabus que ainda envolvem o tema são os grandes vilões do prazer, na opinião de Mariana Betioli, CEO da Inciclo e obstetriz especialista em saúde íntima, que, em comemoração ao 'Dia do Orgasmo', tirou as principais dúvidas em relação ao prazer feminino.

O autoconhecimento, segundo a especialista, é imprescindível quando o assunto é prazer e a masturbação pode ser um ponto de partida interessante para que a mulher se conheça e entenda o que lhe satisfaz. “Saudável e recomendada por especialistas, a masturbação é um dos principais tabus e envolve, além do prazer, oportunidades de autoconhecimento para quem se toca”, comentou. “A pessoa passa a se conhecer melhor, a saber como seu corpo funciona e o que mais gosta, o que acaba melhorando muito a vida sexual a dois. Além disso, fortalece o assoalho pélvico, melhora o sono, alivia o estresse, diminui a ansiedade, aumenta a libido, melhora a autoestima, o humor e aumenta a imunidade”, completou Mariana.

A masturbação é também, segundo ela, uma forma de ajudar mulheres a chegar ao orgasmo. “Segundo um estudo de Edward Laumann da Universidade de Chicago, apenas 29% das mulheres chegam ao orgasmo em relação com parceiro, portanto, para chegar lá, é recomendado que a mulher pratique e saiba o que a estimula”, explicou. Entrando mais afundo no orgasmo feminino, Mariana explicou que pode ser de diferentes tipos e nem sempre estar relacionado à área genital. “É possível atingir o orgasmo com estímulos em diferentes áreas diferentes do corpo como clítoris, vagina, colo do útero, seios e anus. Além disso, é possível também chegar ao orgasmo mesmo sem estímulos físicos, como pode acontecer durante o sono, por exemplo”, contou ela.

O orgasmo feminino, segundo Betioli, pode ou não estar associado à ejaculação. De acordo com a CEO da Inciclo:"Ejaculação e orgasmo são eventos diferentes, que podem acontecer junto ou não. Somente 5% das mulheres ejaculam durante o sexo e o fato de terem squirting não necessariamente significa que o orgasmo dessas pessoas é mais intenso do que daquelas que não ejaculam.”.

Falando em fluidos corporais, Mariana vai além ao unir dois grandes tabus da intimidade feminina, relacionado os benefícios plurais do orgasmo durante a menstruação. Segundo a especialista, o orgasmo pode funcionar como fonte de alívio para cólicas menstruais. “A cólica é a contração do útero para expelir a menstruação. Durante o orgasmo, o útero também contrai, mas relaxa totalmente em seguida. Esse relaxamento é um dos responsáveis pelo alívio das cólicas. Durante o orgasmo, o corpo também libera ocitocina, endorfina e dopamina, que vão promover uma sensação de bem-estar, relaxamento e a percepção de dor”, contou.

Há ainda no período menstrual, em grande parte das mulheres, um aumento de libido que muitas vezes acaba reprimido, seja evitando a masturbação ou mesmo o sexo, por causa do sangue e toda a bagunça que pode acontecer. “Nestes casos, indico o uso do disco menstrual, um tipo de coletor que é colocado no fundinho da vagina e mantém o sangue dentro do corpo mesmo durante o orgasmo. Ele possibilita que a mulher se toque, use brinquedos erótico ou mesmo tenha sexo com penetração sem que o sangue vaze”, aconselhou a CEO.

Ainda com dúvidas sobre seu corpo? Mariana preparou um guia que pode ajudá-la a se conhecer melhor:

Vulva

Vulva é a parte de fora, onde tem os lábios internos, externos, a uretra, o clitóris, a entrada da vagina e o monte de vênus.

Vagina

A parte interna é a vagina. O canal vaginal tem de 7 a 10 cm de comprimento e, no fundo dele, está o colo do útero, por onde sai a menstruação. A vagina é muito elástica, as paredes internas têm ondulações justamente para poder expandir.
Logo na entrada da vagina, na parte de cima, tem duas glândulas que são responsáveis pela lubrificação e é por onde sai o líquido ejaculatório. Na parte de baixo, estão outras duas glândulas por onde sai a secreção responsável pela lubrificação.

Clitóris

A ponta do clitóris fica logo em cima do canal da uretra. Ele fica recoberto por uma pelinha. O restante da estrutura do clitóris é interna; a estrutura é similar ao formato de duas pernas, que ficam em volta da entrada da vagina.

PontoG

O ponto G não é uma estrutura específica, ele é uma região bem sensível que fica atrás do clitóris. Para estimulá-lo, tocamos por dentro logo na entrada vagina na parte superior.

Colo do útero

O colo do útero é a parte de baixo do útero que fica no fundo do canal vaginal e por onde sai a menstruação. É essa estrutura que dilata durante o trabalho de parto para a passagem do bebê.

Qualquer pessoa pode tocar o próprio colo do útero. É só lavar as mãos e inserir um ou dois dedos na vagina até sentir uma parte mais durinha. A sensação se parece com a de tocar a ponta do nariz.

Dica

Usar o disco menstrual é simples, não vaza e é imperceptível durante o sexo. Mesmo mulheres que não conhecem muito a própria anatomia, conseguem se adaptar muito bem.

 
Mariana Betioli

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