O coletivo Royalz BKT foi fundado para a inclusão de atletas gays
Máxima Digital Publicado em 29/08/2023, às 17h00
Jefferson Campos observou o cenário do esporte e resolveu criar uma iniciativa repleta de inclusão. O ex-atleta fundou o coletivo Royalz BKT, em 2022, para que jogadores de basquete possam ser livres da opressão e LGBTfobia.
O time se reúne no Parque da Aclimação, em São paulo, a partir das 20h, para praticar o esporte.
"Quando eu vejo a quadra cheia é muito gratificante. Eu não imaginava que ia ter esse tipo de representatividade, esse tipo de apoio e nem toda essa visibilidade. Nós estamos acostumados a ficar dentro do armário, esconder a nossa identidade", disse em entrevista ao site Superesportes.
Jefferson comentou que o ambiente esportivo ainda é visto como um meio machista, o que impede que atletas da comunidade LGBTQIAP+ consigam expressar suas identidades.
"Aos 14, 15 anos, eu já tinha plena consciência da minha sexualidade. E aí, vim ao longo da minha carreira, tanto na amadora quanto profissional, vendo amigos meus tendo que deixar as quadras por conta da sexualidade. Alguns resolveram estudar e, depois que saíram das equipes, assumiram a homossexualidade. Então, eu sabia que no basquete isso não seria bem aceito. No esporte de forma geral é assim, e o basquete é machista e homofóbico pra caramba.", falou.
Jefferson disse que teve a ideia de criar o coletivo para combater a repressão, a qual ele mesmo já vivenciou.
"O passo de me assumir publicamente foi muito grande. Saí do armário em um Dia dos Namorados. Postei uma foto com o Júnior [noivo do atleta] e foi aí que as pessoas realmente souberam que eu sou gay. Fiquei preso no armário durante toda a minha carreira, então sair foi libertador.", contou.
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