A viúva de Mariele Franco é a única parlamentar da Câmera de Rio de Janeiro assumidamente lésbica
Máxima Digital Publicado em 22/08/2023, às 09h10
A líder da bancada do PSOL na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a vereadora Mônica Benício, está promovendo uma maratona de 10 dias consecutivos de atividades em comemoração ao Mês da Visibilidade Lésbica.
Mônica é a única da Câmera dos Vereadores da capital carioca assumidamente lésbica e tem como seus principais objetivos a luta pelos direitos humanos e da população LGBTQIAP+.
A parlamentar também é a viúva da vereadora Marielle Franco, morta junto ao motorista Anderson Gomes, em um homicídio em 2018.
Os eventos organizados por Mônica foram chamados de “Do Orgulho à Visibilidade: Por uma Cidade Sapatão” e estão sendo realizados desde o último dia 19, quando foi celebrado o Dia do Orgulho Lésbico, e vão acontecer até o dia 29 de agosto, quando é comemorado o Dia da Visibilidade Lésbica.
Na tarde da última segunda-feira, 21, o saguão da Câmara Municipal do Rio recebeu, a mostra fotográfica “O que nos afeta”. Foram escolhidas 23 imagens de 21 fotógrafas lésbicas, nas categorias amor, corpo e ativismo.
A intenção era mostrar o cotidiano e o trabalho das sapatonas na cidade. A exposição é gratuita e ficará aberta ao público até 30 de agosto.
Já no próximo dia 26 será o dia da “Ação Sapatão – Cidadania na Maré”, com uma oficina de currículos, feira de empregabilidade, um stand da Comissão da Mulher, atendimento jurídico e outros serviços.
A Secretaria Municipal de Trabalho (Setrab) estará presente com o programa Trabalha Rio, que promove vagas de trabalho e cursos de capacitação profissional. A ação ocorrerá a partir das 9h e se encerará às 16h, em frente à Casa de Resistência Lésbica, na Vila do Pinheiro.
Na próxima segunda, 28, um grupo com mais de 50 mulheres do Ocupa Sapatão serão homenageadas no plenário da Câmara.
O nome do evento será “Vivas e visíveis na luta por direitos”. Para encerrar a celebração do Mês da Visibilidade Lésbica, no dia 29 de agosto, Mônica entregará a Medalha Chiquinha Gonzaga à cantora Ana Carolina.
“Todas essas atividades têm o objetivo de pautar a temática lésbica na cidade, ampliar o debate público e, assim, visibilizar nossos corpos, nossas existências e nossos direitos", iniciou a parlamentar.
"Quanto mais locais abrangidos e mais gente envolvida e curiosa querendo saber o que tá rolando, melhor, porque é uma forma de conscientizar e provocar a reflexão sobre a rotina de preconceitos que nós ainda enfrentamos em pleno 2023”, destacou.
“Mulheres lésbicas existem. Já que existem, precisam ser visíveis e ter seus direitos e cidadania garantidos na sociedade. E para isso precisam ter voz no debate público e na política. O PL da Visibilidade Lésbica é importante justamente porque se torna um instrumento de combate à lesbofobia e foi construído por Marielle com movimentos sociais e lésbicas”, falou.
